19 Julho 2014      01:00

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Vagas, Bolsas e Emprego

Durante esta semana foi conhecido o número de vagas de acesso ao Ensino Superior, tendo sido registada mais uma redução.

Tentando apurar qual o critério escolhido para a redução do número de vagas, a resposta não foi fácil de obter, chegando-se à conclusão que tudo varia conforme os casos.

É sabido que há vagas a mais e que é realmente necessária uma redução. No entanto, porque não parar um pouco e criar um grupo de estudo (no meio de tantos já existentes, creio que este, se bem conduzido e aplicado, teria verdadeiramente utilidade) para aferir das necessidades e qualidades de cada curso em cada estabelecimento de Ensino Superior?

A juntar a esta notícia, foi avançada esta semana a proposta de bolsas de estudo exclusivas para estudantes que optem por frequentar estabelecimentos de Ensino Superior situados no Interior do País.

É de facto uma proposta interessante, na medida em que se propõe a trazer mais jovens para o Interior. No entanto, tal como qualquer proposta avançada sem mais, é necessária uma maior concretização, nomeadamente quanto à oferta dos cursos e às saídas profissionais dos mesmos.

Será também interessante abranger esta temática no eventual grupo de trabalho para esse fim.

A oferta depende de estabelecimento para estabelecimento e nem sempre corresponde ao pretendido pelo mercado de trabalho, sendo este também um critério na escolha do curso pelos candidatos.

Falando em mercado de trabalho, porque não aproveitar esta proposta e promover protocolos com empresas locais por forma a que estas venham a privilegiar candidatos licenciados pelos estabelecimentos de ensino aquando do recrutamento para os seus quadros?

Desta forma caminhar-se-ia no sentido da fixação, não apenas temporária (como acontece no caso dos estudantes) mas também permanente, promovendo-se o emprego e a criação de família no Interior.

Foi dado um passo num caminho que, a longo prazo, poderá trazer bons resultados.

Esperemos que, ao contrário do que tem acontecido até aqui em diversas áreas, esta não seja apenas mais uma medida para Troika ver. Sem mais.