8 Janeiro 2015      00:00

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Poeiras das Estrelas

O Homem desde os primórdios que procura dar respostas ao mundo que o rodeia, nomeadamente no que se refere ao porquê das coisas.

Demócrito foi um desses pensadores que há 2500 anos arranjou uma forma (modelo) para explicar o mundo que o rodeava – postulou sobre a constituição da matéria e o facto desta ser constituída por pequenas partículas indivisíveis a que chamou de átomos. Sabe-se hoje que, o modelo de átomo de Demócrito, nada tem a ver com o modelo actual de átomo. Contudo, manteve-se a "ideia" de que tudo é constituído por átomos.

Para os mais cépticos podemos até fingir e deste modo acreditar que tudo é constituído por esses pequenos corpúsculos! Mas afinal, onde são criados esses átomos que constituem tudo o que nos rodeia, incluindo nós?

A resposta encontra-se (numa primeira fase) no Big Bang (que originou aproximadamente de 25 % de átomos de hélio e 75 % de hidrogénio) e posteriormente nas estrelas que os converteu/continua a converter nos restantes elementos que constituem a tabela periódica.

As estrelas são gigantescas fábricas de átomos onde a partir dos mais simples (hidrogénio – H) se obtém os mais pesados (hélio – He, depois o Lítio – Li, hélio – He, …) através de reacções denominadas de fusão.

 

Numa primeira fase, o hidrogénio é convertido em hélio, depois o hélio é transformado em carbono, com outros elementos produzidos pelo meio (ver tabela periódica) e assim sucessivamente com a produção de elementos cada vez mais pesados…

A proliferação da diversidade de átomos pelo Universo está associada às várias etapas segundo a qual as estrelas passam, isto é, também elas nascem, crescem e morrem!

Uma estrela como o nosso Sol encontra-se sensivelmente a meio da sua vida (cinco mil milhões de anos), e está essencialmente a produzir hélio. Contudo, na Terra há elementos mais pesados, como o ferro ou o cálcio, que fazem parte da nossa constituição. Assim, onde foram eles criados visto que o nosso Sol ainda não os produziu (nem vai produzir!)?

A resposta está nas estrelas mais maciças do que o Sol (com dimensões dez vezes superior), que dispersaram pelo nosso meio interestelar a sua matéria, através de explosões violentíssimas (designadas por supernovas)! Deste modo, podemos então concluir que somos “poeiras” ou “cinzas” de uma estrela que explodiu num passado muito distante!