24 Fevereiro 2015      00:00

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O Correr dos dias | 24 fev «A barragem dos sonhos»

A Barragem de Alqueva, inaugurada em 2002, permitiu a criação do maior reservatório artificial de água da Europa.

Foi construída com uma finalidade essencialmente agrícola, de criar regadio para todo o Alentejo que, como sabemos se caracteriza pelas secas no verão. No entanto, é também usada para a produção de energia elétrica e outras atividades lúdicas. Abastece cerca de 200 mil habitantes com água e pode regar até 88 mil hectares.

2015 marca o finalizar das obras, 13 anos depois, num investimento total de 2500 milhões de euros. No entanto, e até final de 2020, serão investidos mais €1000 milhões.

A construção da barragem não foi pacífica, e obrigou inclusivé à construção de uma nova “Aldeia da Luz”, realojando cerca de 400 habitantes, num investimento de 39 milhões de euros.

Sobre a inevitável Grécia e as suas relações europeias, há hoje a acrescentar que o Eurogrupo aprovou o plano grego (entregue fora de prazo), mas o FMI mantém as suas renitências.

Christine Lagarde refere-se à lista de medidas apresentada pelos gregos como "não dando garantias” e “não sendo muito específicas”, apesar de reconhecer que é suficiente para se continuar a emprestar dinheiro à Grécia.

Algumas das medidas propostas pela Grécia são: o combate à corrupção, evasão fiscal e contrabando de combustíveis e tabaco, bem como a redução da despesa, uma maior eficiência administrativa e redução do número de ministérios.

Mas leia aqui a carta de intenções enviada por Varoufakis: http://expresso.sapo.pt/a-carta-de-varoufakis-que-convenceu-os-parceiros-da-zona-euro=f912207

A ministra das Finança portuguesa, Maria Luís Albuquerque, justificou hoje que a subida da dívida portuguesa está relacionada com idas ao mercado; idas essas que visaram reembolsar o FMI - 14.000 milhões de euros - antes do prazo.

Afirmou ainda que o nosso país está no caminho correto para consolidar as suas contas e que se mantem a trajetória de redução da dívida.

Entretanto, o Bloco de Esquerda, decidiu lançar uma nova campanha publicitária com a intenção de criticar a postura de Passos Coelho face à Alemanha. Até aqui tudo normal, não fossem os outdoors que foram espalhados conter uma frase em alemão, mas mal escrita, de acordo com uma especialista contactada pelo “Expresso”.

Em França, a família Le Pen vê o seu nome envolto em nova polémica, desta vez por culpa de um líder judeu que elogiou Marine Le Pen, a líder do partido Frente Nacional, considerado de extrema-direita na França, e que lidera todas as sondagens gaulesas.

Roger Cukierman, o líder de uma das maiores organizações judaicas francesas disse, em declarações à rádio “Europe 1”, que "A FN não comete violências; todas as violências, hoje, são cometidas por jovens muçulmanos ". Estas declarações levantaram uma onda de protestos por parte dos muçulmanos e da classe política francesa.

Por cá, a violência contra profissionais de saúde duplicou no ano passado, de acordo com dados da Direcção-Geral de Saúde (DGS). Em 2014, existiram 477 casos de violência contra profissionais de saúde, a maioria na Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e na ARS de Lisboa e Vale do Tejo e sendo também a maior parte das notificações feitas por profissionais de saúde do sexo feminino. São também do sexo feminino a maior parte dos agressores e enquadram-se maioritariamente na faixa etária de 40 a 49 anos.

Causa ou não do problema poderá ser, pelo menos em parte, os dados que a OCDE lançou sobre os cortes na saúde. Segundo esta entidade internacional, Portugal terá cortado na saúde mais do dobro do que havia acordado com a “troika”.

Os dados estão expressos no relatório e que, além de outros dados de interesse, refere que a Alemanha foi o único país da OCDE a não registar um abrandamento no investimento na saúde.

Luís Carapinha, editor