10 Dezembro 2014      00:00

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Fórum Empresarial do Alentejo, o que esperar do momento?

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Está a decorrer neste momento o Forum Empresarial do Alentejo, que o Tribuna Alentejo está acompanhar.

A iniciativa organizada pelas associações empresariais da região, como já noticiámos, conta com uma série de parceiros como a EMBRAER, Fundação Eugénio de Almeida, Turismo do Alentejo, Instituições de Ensino Superior, e inúmeras outras instituições públicas e privadas ligadas ao sector do emprego e das empresas e decorre no Palácio de D. Manuel, em Évora, a partir das 10h.

Composto por quatro painéis o Fórum Empresarial do Alentejo debate oportunidades no contexto do próximo quadro comunitário de apoio e tenta a difícil missão de estabelecer redes de cooperação e parceria entre os actores da região, muitos deles com papel activo no encontro, como se pode ver no programa.

Numa região a lidar com fenómenos extremos de desertificação (cerca de um terço do território ocupado por menos de 5% da população nacional) o Alentejo corre o risco de não conseguir inverter a fuga de gente, que começou por se deslocar para o litoral do País mas que agora procura oportunidades no estrangeiro. E esta procura já não empurra para fora apenas trabalhadores indiferenciados mas em cada vez maior número licenciados e quadros com formação de topo.

Em compensação as respostas do momento viram-se para a inovaçao e para a internacionalização dos negócios e das empresas. Assim como o financiamento à economia, que hoje advém quase exclusivamente dos fundos comunitários.

As respostas parecem oferecer-se não só às grandes empresas mas sobretudo às micro, pequenas e médias empresas, com condições únicas para desenvolver as suas ideias e os seus negócios, ultrapassados que vão ficando muitos custos de contexto habitualmente demasiado pesados para os negócios em início de vida.

Hoje uma das componentes de acção das associações empresariais reside na criação de condições para que as empresas floresçam, concentrando recursos limitados no objectivo do negócio. Osninhos de empresasas incubadoras e os Parques Tecnológicos não só apostam no ambiente da sinergia como reduzem custos de arranque, instalações, comunicações e energia.

Há uma mudança no léxico comum, a lidação com uma série de conceitos que já não pertencem ao grupo outrora restrito de empresários, uma mentalidade de emprendedores.

Aparentemente teremos solidez das instituições, o envolvimento dos stakeholders, os conceitos, a estrutura e os meios, mesmo que limitados, as ideias, a capacidade de execução mas parece existir ainda um risco de difícil avaliação e que é precisamente a aversão ao risco.

De qualquer das formas este é um momento de viragem. Veremos o que teremos depois de contornada a esquina.

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