11 Junho 2014      01:00

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Chuva de Estrelas

As chuvas de estrelas devem-se aos detritos (poeiras e grãos rochosos) de cometas activos ou extintos. Em astronomia, são designados de meteoros .

À medida que um cometa passa perto do Sol vai perdendo material, de um modo análogo a um carro que à medida que faz uma viagem vai perdendo óleo na estrada, deixando um rasto atrás de si! Com a passagem do tempo essas poeiras espalham-se ao longo da órbita do cometa formando um anel de fragmentos, tal como a figura pretende ilustrar.

Figura 1 - Diagrama ilustrativo da formação de chuva de estrelas.

A zona indicada pelas estrelas laranjas corresponde à intersecção da órbita terrestre com a do cometa (locais onde ocorrerão a chuva de estrelas).

 

Quando a Terra atravessa esses detritos atrai-os (na figura corresponde às estrelas indicados a laranja) devido à gravidade (força responsável pela queda dos corpos); essas poeiras, à medida que caem na direcção da superfície terrestre, ganham velocidade e em contacto com a atmosfera (vários gases dispostos em camadas que atingem uma altura de cerca de 500 Km), tornam-se incandescentes (processo que produz a «luz»), ionizam o meio à sua volta e originam o fenómeno que no dia a dia designamos por estrelas cadentes ou chuva de estrelas.

Uma vez que a Terra passa mais ou menos no mesmo ponto da sua órbita na mesma data do ano, podemos assistir todos os anos, a este magnífico espectáculo, tal como aconteceu no Outubro passado!

O nome do enxame de meteoros está relacionado com a constelação em que se encontra o radiante (local do céu onde se observa o fenómeno). Assim, as estrelas cadentes que pertencem ao mesmo enxame, por exemplo, as Leónidas provem da constelação Leão.

Figura 2 - O radiante é o local de onde provém as estrelas cadentes.

O máximo corresponde à altura do ano onde se prevê que haja uma maior queda por hora. A Terra em cada 33 anos passa por uma região muito densa de detritos, havendo desta forma uma intensidade muito grande de chuva de estrelas mas..... teremos de esperar até 2032, altura em que está previsto uma grande queda de meteoros.

No presente ano ainda podemos assistir às Leónidas (teve inicio a 20 de Outubro e durará até 30 de Novembro), com o máximo no dia 17 de Novembro e associado ao cometa 1866 I (Tuttle), bem como às Geminídeas (7 de Dezembro a 15 de Dezembro) com o máximo no dia 13 de Dezembro e associado ao cometa Faetonte (1983).