13 Dezembro 2016      14:35

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ZORRINHO DEFENDE UNIÃO DA ENERGIA PARA SALVAR PROJECTO EUROPEU

O eborense Carlos Zorrinho, eurodeputado, defendeu hoje na sessão plenária de Estrasburgo a modernização e união do mercado de energia europeu como uma agenda das que "a União precisa", e que pode "dar um impulso fundamental para salvar o próprio projeto europeu", como afirmou.

O eurodeputado intervinha no debate sobre o pacote energético designado "Energia limpa para todos", onde se prevê que 50% da eletricidade consumida na UE será proveniente de fontes limpas e renováveis em 2030; a produção de eletricidade será livre de emissões de carbono em 2050; o investimento líquido suplementar de 177 mil milhões de Euros por ano entre 2021 e 2030;  e que 900 000 novos empregos serão criados no sector.

Carlos Zorrinho defende que a União Energética é um passo para o aprofundamento do projecto europeu e que esta é uma oportunidade para “melhorar as interconexões e a regulação, desenvolver processos de produção e criar redes ainda mais inteligentes, combater as assimetrias regionais, assegurar a competitividade da indústria e dos serviços e garantir o acesso universal à eletricidade, reduzindo a pobreza energética”. 

A dependência da União Europeia (UE) das importações de energia, em especial do petróleo e do gás, constitui o pano de fundo para as preocupações de política relativas à segurança do abastecimento de energia.

Com efeito, em 2013, mais de metade (53,2 %) do consumo interno bruto de energia da UE-28 teve origem em fontes importadas. O abrandamento na produção primária de hulha, linhite, petróleo bruto, gás natural e, mais recentemente, da energia nuclear conduziu a uma situação em que a UE ficou cada vez mais dependente das importações de energia primária para satisfazer a procura, apesar de esta situação se ter estabilizado no rescaldo da crise financeira e económica, de acordo com ec.europa.eu/eurostat/statistics.