13 Novembro 2018      11:19

Está aqui

Zorrinho defende “governação participada” para a transição energética da União Europeia

“Precisamos agora de convocar todas as instituições europeias, nacionais e regionais e sobretudo os cidadãos europeus, para fazermos deste pacote energia limpa uma oportunidade estratégica para a economia, para o ambiente e para a qualidade de vida”, afirmou ontem o eborense Carlos Zorrinho na sessão plenária de Estrasburgo.

Na sua qualidade de relator sombra do Grupo S&D no Regulamento da Governação da União da Energia, Zorrinho destacou alguns dos resultados mais importantes plasmados no documento. Desde logo, a incorporação de metas setoriais assumidas nos outros dossiers do pacote de energia limpa, o que é, no entender do Eurodeputado socialista, “consistente com os objetivos de 32,5% de eficiência energética e de 32% de energias renováveis para 2030”.

“Todos os Estados-Membros terão que preparar relatórios nacionais sobre energia e clima a 10 anos, que serão comparáveis em toda a UE, abrangendo as cinco dimensões da União da Energia: descarbonização, eficiência energética, segurança energética, mercado interno da energia e inovação”, sublinhou Zorrinho, que também enfatizou o estabelecimento de “um diálogo multilateral, exigindo uma mobilização mais profunda da sociedade civil”.

Na mesma linha, o Deputado socialista ao Parlamento Europeu, referiu a introdução de “estratégias de longo prazo de baixas emissões como um meio de avaliar o progresso no cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris”, a garantia de uma transição “justa para a economia hipo-carbónica para os cidadãos e as regiões suscetíveis de serem afetados negativamente por essa transição”, e ainda o fortalecimento do “combate à pobreza energética”.

Carlos Zorrinho salientou também o reforço da cooperação regional, entre os Estados Membros e entre estes e a União, concluindo a sua intervenção com o apelo a que “cada um faça a sua parte. Com urgência e empenho. Com o mesmo entusiasmo com que trabalhámos este pacote de energia limpa no Parlamento Europeu e nos trílogos negociais.”

No seu discurso, o Eurodeputado socialista fez ainda a defesa de uma “governação participada”, através da qual se possa estabelecer “um diálogo multilateral”, o que no seu entender, exige “uma mobilização mais profunda da sociedade civil”.

 

Siga o Tribuna Alentejo no  e no Junte-se ao Fórum Tribuna Alentejo e saiba tudo em primeira mão