Será um investimento de cerca de 600 mil euros que servirá para terminar o Centro Interpretativo do Vinho de Talha, em Vila de Frades, concelho da Vidigueira.
Este centro surge com vários objetivos, entre eles, o de apoiar a candidatura do Vinho de Talha a Património Imaterial da Humanidade e a maior promoção e valorização desta arte e modo de fazer vinho que remonta à época romana, além de ser mais um polo de desenvolvimento económico e turístico.
Paul White, norte-americano especialista em vinhos chegou a comparar o vinho de talha alentejano a uma “mina de ouro”, dado o seu sabor mais mineral e vegetal, mais complexo, sem tanta fruta ou notas de carvalho
Em 2011, o vinho da talha recebeu a Denominação de Origem Alentejo, pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana e a produção anual, à época, era de 3.200 litros.
Em 2015, o vinho da talha alentejano foi exportado para Estados Unidos, o Brasil, Angola e Suíça.
Até à atualidade, os fãs da Talha cresceram e são produzidos atualmente mais de 40 mil litros anuais.
A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito desenvolveu um novo projeto em redor deste modo de processar o vinho e voltou a produzir um vinho à maneira tradicional; um vinho da talha feito exclusivamente a partir de 6 ha de vinhas de uvas provenientes de vinhas centenárias - muitas anteriores a 1930 – das castas - das castas tradicionais Antão Vaz, Roupeiro, Manteúdo, Diagalves, Larião e Perrum, e com um processo de vinificação já usado pelos romanos.
O Vinho da Talha até já teve direito – na 1ª Mostra de Património Alentejano, em Cuba - a uma Exposição sobre “O vinho de talha – uma tradição ancestral” e à 1ª Conferência “O vinho de talha – Uma herança viva no Alentejo”.
Imagem de descla.pt