12 Junho 2018      10:21

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Veículos pesados sujeitos a controlo de emissões e consumos na UE

O eurodeputado eborense Carlos Zorrinho saudou o passo importante na descarbonização dos transportes na União Europeia.

“O aquecimento global tem que ser combatido com decisões claras e corajosas”, defendeu hoje na plenária de Estrasburgo o Eurodeputado Carlos Zorrinho, recordando que “a União Europeia fixou uma meta vinculativa e ambiciosa de, pelo menos, 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa em todos os setores da economia até 2030”.

Ao intervir no ponto da ordem de trabalhos relativo ao Relatório Zoffoli sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho respeitante à vigilância e comunicação das emissões de CO2 e do consumo de combustível dos veículos pesados novos, o Eurodeputado socialista salientou que “para cumprir estes objetivos é fundamental o contributo do setor dos transportes, e dentro dele, o contributo dos veículos pesados, tendo em conta que, em 2014, um quarto do dióxido de carbono emitido pelos transportes rodoviários provinha desses veículos”.

Após constatar que “as emissões de CO2 e o consumo de combustível dos veículos pesados novos colocados no mercado da UE não têm sido objeto de certificação, nem de vigilância ou comunicação dos dados – como já acontece com os veículos ligeiros de passageiros e comerciais”, Zorrinho considerou que a “proposta de regulamento corrige esta lacuna”. Lembrou ainda que como relator sombra, no quadro das negociações da governação da União da Energia, “tem defendido uma abordagem integrada e ambiciosa na monitorização e promoção da descarbonização nos transportes”.  

“Este regulamento que se integra na Estratégia Europeia de Mobilidade Hipocarbónica, é um passo relevante para a descarbonização dos transportes, mas não podemos perder de vista que num futuro tão breve quanto possível, modelos limpos e inteligentes de mobilidade têm que ser aplicados também aos veículos pesados”, defendeu Carlos Zorrinho, que a terminar a sua intervenção sublinhou ser esta “mais uma área em que em nome da saúde, da sustentabilidade e da competitividade, a União Europeia tem que reassumir um papel de liderança à escala global”.