23 Janeiro 2022      09:55

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Universidade portuguesa lidera estudo sobre combate à exposição à violência

O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) vai liderar um projeto de investigação financiado pelo programa europeu para os Direitos, Igualdade e Cidadania. O projeto X-MEN “Masculinidades, Empatia, Não-violência” ambiciona romper os ciclos de exposição à violência na infância e adolescência que têm origem – e são também geradores – de desigualdades de género.

Além de diversos impactos nos campos da economia e da saúde, a pandemia da COVID-19 trouxe novos desafios às estratégias de combate e prevenção à violência de género. Dando continuidade à linha de investigação da equipa coordenada por Tatiana Moura (CES-UC), dedicada à promoção de masculinidades não-violentas e promotoras da igualdade de género, X-MEN propõe um enfoque renovado sobre a violência e as suas implicações na construção das masculinidades e das desigualdades de género, em contextos vulneráveis nos quais os impactos da COVID-19 são ainda pouco conhecidos.

Dados nacionais e europeus indicam que a pandemia trouxe desafios acrescidos a estas instituições relacionados com a implementação das estratégias de promoção da igualdade. O projeto X-MEN foca-se num público vulnerável – jovens de 12 a 18 anos em contextos institucionais, como os centros educativos e os centros de acolhimento de crianças migrantes – que foram testemunhas ou vítimas de formas de agressão e de violência nas suas múltiplas formas, e que se encontram isoladas dos seus contextos familiares e das suas comunidades.

Com início este mês, e duração de 2 anos, e seguindo uma abordagem participativa de envolvimento com o público-alvo, o projeto tem como objetivo produzir conhecimento sobre os impactos da COVID-19 nas expressões, relações de género e comportamentos de género. É também objetivo promover a capacitação dos profissionais da educação e de ação social, fornecendo-lhes ferramentas validadas internacionalmente, e adaptadas aos contextos em estudo, para lidar com experiências adversas na infância, a construção de género e a promoção de modelos não violentos de masculinidade.

 

Tribuna Alentejo com APImprensa

Imagem de homemnoespelho. com.br