25 Janeiro 2023      09:44

Está aqui

Universidade de Évora recebe 2M€ para preservar zimbrais

Um projeto liderado pelo MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, da Universidade de Évora (UÉ), que pretende melhorar o estado de conservação dos Zimbrais nas dunas costeiras de Portugal, acaba de receber financiamento superior a dois milhões de euros.

Em comunicado, a UÉ explica que o projeto “Zimbral for LIFE” é financiado pelo Programa LIFE – Nature and Biodiversity e reúne especialistas de 5 instituições portuguesas e espanholas “com o objetivo de colmatar as lacunas no conhecimento sobre a biologia e ecologia destas plantas, testar e avaliar práticas de gestão, diminuir o impacto das principais ameaças, melhorar a estrutura e função, aumentar a área de ocorrência assim como elaborar um Plano Nacional de Conservação para este Habitat”.

A mesma fonte esclarece que o Zimbro, “nome popularmente dado à espécie Juniperus spp.”, está presente “em várias zonas de matagais litorais e dunares na costa atlântica portuguesa como, por exemplo, a sul da Figueira da Foz, em Peniche, Sintra, Troia e Costa Vicentina, formando comunidades arbustivas que são cada vez mais raras e ameaçadas”.

Segundo a academia alentejana, “as alterações do uso do solo, nomeadamente a pressão urbanística e turística, ou a propagação de espécies exóticas invasoras, como as Acácias e o Chorão-das-praias, têm ameaçado os zimbrais portugueses, já considerados um habitat prioritário para a conservação dentro da Rede Natura 2000, criada pela União Europeia”.

O projeto, coordenado na UÉ pela Investigadora do MED, Catarina Meireles, em colaboração com a investigadora Cristina Baião e o Professor Carlos Pinto Gomes, teve início em outubro de 2022 e recebeu um investimento total de 2 083 744 de euros, dos quais 1 442 827 de euros se destinam à academia.

De acordo com a UÉ, a iniciativa “terá como áreas de intervenção para ações concretas de conservação e restauro do habitat três Zonas Especiais de Conservação: Comporta/Galé, Costa Sudoeste e Ria Formosa/Castro Marim”, revela a mesma fonte.

Além disso, o projeto conta com a colaboração da Associação de Desenvolvimento da Natureza e Ambiente – Rewilding Sudoeste (RWSW), da empresa de consultoria especializada em biodiversidade, ecologia, ambiente e recursos naturais, FloraData, do Centro de Investigação Científica e Tecnológica da Extremadura e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 

Fotografia de agroportal.pt