8 Março 2022      09:03

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Universidade de Évora apoia exposição sobre espécies aquáticas invasoras

A exposição itinerante “Cuidado! Invasoras Aquáticas”, desenvolvida pelo Museu Nacional de Ciências Naturais (CSIC) de Madrid e com o apoio da Universidade de Évora (UÉ), poderá ser visitada no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, até final do mês de agosto.

De acordo com a academia alentejana, a mostra irá, durante os próximos dois anos, ser apresentada em outros museus portugueses e Centros Ciência Viva, tendo sido desenvolvida no âmbito do projeto ibérico LIFE INVASAQUA, o qual conta com a participação da UÉ, da ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental e da SIBIC – Sociedade Ibérica de Ictiologia.

A exposição tem conteúdos apresentados em três línguas e é composta por mais de 50 painéis, que “mostram espécies aquáticas invasoras da Península Ibérica, o seu grau de ameaça à fauna e flora autóctones, assim como as consequências e o impacto ambiental, socioeconómico e sanitário que estas espécies causam”. Além disso, durante o período de exposição irão também decorrer atividades educativas ligadas ao tema.

Segundo a UÉ, “as espécies exóticas invasoras são atualmente uma das principais ameaças à biodiversidade aquática e aos serviços dos ecossistemas”, e os custos associados às espécies exóticas invasoras, na União Europeia, “são de 12 mil milhões de euros por ano, tendo o combate às Espécies Exóticas Invasoras sido designado como um dos principais objetivos de gestão dos ecossistemas da União Europeia”.

É de notar que os rios e estuários de Portugal e Espanha contêm cerca de 200 espécies exóticas de fauna e flora, e que “algumas destas espécies têm grandes impactos económicos nos serviços dos ecossistemas e na biodiversidade, sendo importante aumentar a sensibilização para este problema”.

Em Portugal, as espécies invasoras mais marcantes são o Siluro, um peixe que pode atingir 2,8 metros e 120 quilos de peso, o jacinto-de-água, o lagostim-vermelho-da-luisiana e o mexilhão-zebra.

Recorde-se que o projeto LIFE INVASAQUA pretende “alertar a sociedade civil e diferentes grupos-chave para a problemática das Espécies Exóticas Invasoras em ecossistemas aquáticos na Península Ibérica”. Além disso, tem por objetivo “melhorar a gestão e reduzir os impactos destas espécies, promovendo a difusão de informação e o intercâmbio de conhecimentos sobre soluções e práticas ambientais efetivas”.

Assim, ao longo de 5 anos, o projeto irá “contribuir para o aumento da sensibilização do público em geral, promovendo a formação dos setores envolvidos e criando um sistema internacional de deteção precoce e resposta rápida às espécies exóticas invasoras”, refere a UÉ.

 

Fotografia de tsf.pt