ESTE GOVERNO TRATA MAL OS SISTEMAS DE SAÚDE E DA EDUCAÇÃO
Hoje apresento dois temas temas bastante preocupantes para o Distrito de Évora. Ambos provam a forma negativa como o atual Governo trata mal os Sistemas de Saúde e da Educação.
1 - Provisório e Progressivo Encerramento da Unidade de Convalescença no Hospital Espírito Santo em Évora
Tive conhecimento de uma Circular (nº 82) publicada pelo Conselho de Administração do HESE - EPE (Hospital Espíriro Santo em Évora), onde são referidas as medidas adotadas no Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno.
Na Circular em quesstão é referido que “por solicitação da tutela deverão ser aumentadas substancialmente o número de camas disponíveis.”
Refere ainda: “nessa sequência, uma das medidas adotadas no HESE-EPE para 2016/2017 no seu Plano, foi o provisório e progressivo encerramento da Unidade de Convalescença ficando a ocupação dessas vagas condicionadas até que o Conselho de Administração acione o Plano de Contingência da Gripe do HESE – EPE.”
Reconhecendo que são necessárias medidas apropriadas para acautelar o eventual período de gripe que se aproxima, estranha-se que a principal opção passe pelo provisório e progressivo encerramento da Unidade de Convalescença.
As perguntas que se colocam: onde é que são colocados os utentes que se encontram na unidade de convalescença? Vão para casa? O que significa encerramento progressivo? Será definitivo?
2 - Grave problema da falta de assistentes operacionais na Escola Básica de Alcáçovas (concelho de Viana do Alentejo).
Segundo informações prestadas pela Direcção da Associação de Pais da Escola Básica de Alcáçovas (concelho de Viana do Alentejo), existe um problema bastante grave de falta de Assistentes Operacionais naquele local de ensino.
Segundo o que nos é relatado podemos elencar as seguintes situações:
1 – A Escola possui um mapa de pessoal relativo aos assistentes operacionais que se encontra claramente incompleto.
2 – Em virtude da baixa médica prolongada de 4 (quatro) trabalhadores e da aposentação recente de outros funcionários, daquela categoria profissional, a situação está a tornar-se insustentável. Este é um problema que tem vindo a ser reclamado ao longo do tempo, sem que existam quaisquer soluções para a sua resolução.
3 – Na abertura matinal só se encontram na Escola 2 (dois) funcionários para receber os cerca de 240 alunos e respetivos professores desta instituição de ensino. Esta é uma situação extremamente grave que se repete.
4 - Alguns serviços da escola encerram devido à falta de Pessoal. São exemplos: A Biblioteca e a Sala Polivalente.
5 – Outros serviços encontram-se parcialmente encerrados. O exemplo mais flagrante é o Bar, que só está aberto num curto período de tempo, a meio da manhã. Aproximadamente entre as 10h00 e as 11h30.
6 – Muitos serviços só funcionam graças ao voluntariado exercido pelos pais. O caso mais dramático é o serviço de refeições, que só consegue funcionar graças à ajuda incansável dos pais (que se desdobram para resolver esta situação) e pela grande flexibilidade e boa vontade existente dos funcionários da Escola. A biblioteca é outro exemplo, em que só funciona graças ao voluntariado dos pais e avós. Neste caso com o apoio de uma avó.
7 – Algumas actividades extracurriculares encontram-se encerradas (ex.: badmington e basquetebol).
8 – Existem algumas atividades extracurriculares que só funcionam graças ao voluntariado de alguns funcionários da Escola (ex.: futsal), que trabalham gratuitamente fora do horário normal de trabalho.
9 – Existem situações de adiamento de intervenções cirúrgicas de funcionários, para ajudar a minimizar os problemas graves existentes.
É com muito sacrifício que os Assistentes Operacionais que se encontram em funções conseguem responder a todas as suas tarefas diárias. A título de exemplo, estes trabalhadores têm que assegurar a receção das crianças e jovens, encaminhá-los para as salas de aula em dois pisos, a limpeza das instalações sanitárias, a limpeza dos espaços comuns, a limpeza e arrumação das salas de aula, efetuar a vigilância das crianças e jovens nos intervalos, bem como auxiliar aquelas durante a tomada de refeições.
Estamos perante uma grave situação que perturba o normal funcionamento da Escola. Para além da extrema dificuldade em se resolver todas as ocorrências, estamos perante uma situação de risco da segurança e da integridade das crianças. Foi-nos relatado que, já por várias situações, são os pais a levar as crianças ao Hospital em caso de acidentes. Em caso de acidente, os funcionários ajudam numa primeira instância, mas não conseguem acompanhar as crianças fora da Escola.
Apesar do reconhecimento do brio profissional e das qualidades dos funcionários que se encontram em funções, é de todo impossível dar resposta às situações emergentes que possam ocorrer.
Tendo em conta que ano lectivo já iniciou há 1 trimestre, sem que exista qualquer solução à vista por parte do Estado, torna-se fundamental encontrar uma resposta para resolver um problema extremamente grave que afeta toda as crianças da Escola Básica de Alcáçovas (concelho de Viana do Alentejo) e que pode vir a ter consequências muito graves em matéria de segurança.
Para quando uma resposta por parte Governo as estas matérias? No distrito de Évora repetem-se os casos, sem que o Governo apresente alguma solução.
Infelizmente são vários os maus exemplos, que se repetem sistematicamente.
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