16 Dezembro 2017      12:27

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UM PRESIDENTE QUE LÊ LIVROS

Feliz um país que possua um Presidente que leia Livros. O atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é um Presidente que lê livros. Antes de ser Presidente já os lia, e sem dúvida para chegar a Presidente, o hábito de ler para tal contribuiu. 

A prática da leitura, oral e coletiva, individual e silenciosa, molda e aperfeiçoa a nossa mente e está cientificamente provado que é um eficaz meio para o combate à ansiedade e depressão. A leitura faz com que o nosso cérebro “experimente” o que lemos e que criemos empatia com as situações narradas e permite-nos perceber momentos que vivenciámos e lidar com os mesmos. Por exemplo, a obra ‘O patinho feio’, de Hans Christian Andersen, ensina-nos que é sempre possível seguir em frente seja qual for o obstáculo, ou o “O Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente que nos permite viajar até ao Portugal do séc. XVI e conviver com as suas excêntricas personagens tais como o Onzeneiro, o Parvo, o Judeu, o Fidalgo, etc.

Mas ler não é só folguedos. É a leitura que nos difere dos animais. Ler é interpretar, é enriquecer o nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio. O ato de ler, é fundamental para a construção da cidadania global e individual e é fundamental fazer da leitura uma prática social. Uma educação de qualidade deve ter como um dos seus pilares, o incentivo à leitura, de modo a formar cidadãos informados e críticos.

Basta olhar o nosso Presidente Marcelo, e perceber que finalmente temos um Presidente que sabe comunicar, sabe estar, que estabelece pontes, que não nos envergonha perante os outros Chefes de Estado e que não têm vergonha de dizer que lê, antes pelo contrário – se queixa que desde que é Presidente não consegue ter tempo para as suas leituras!

Nos Estados Unidos da América as leituras presidenciais captam a atenção dos media e dos círculos intelectuais. Faz parte da tradição, saber o que leem os Presidentes norte-americanos e de que forma o que leem influencia a sua governação, inclusive essas leituras podem determinar o rumo que querem dar ao país,… e aumentar as vendas desses livros! Até alguns mal-afamados Presidentes norte-americanos tinham relações muito especiais com as leituras… Richard Nixon no seu discurso de despedida à sua equipa, em Agosto de 1974, disse depreciativamente: "Posso não ter educação, mas leio livros." George W. Bush era casado com uma bibliotecária, Laura Bush, e anualmente promovia uma competição com um dos seus conselheiros para ver quem “aviava” mais livros. Os bem-afamados, usaram estrategicamente as suas leituras… Obama, Kennedy e Clinton depressa se aperceberam que ao transmitirem aos media que eram leitores dedicados e que ter um determinado livro na sua secretária ou levá-lo na mão a caminho do Air Force One, ou mencioná-lo casualmente numa entrevista poderia ter um efeito mais poderoso na perceção pública do que um discurso. E o famigerado Trump? O Presidente Trump vê muita televisão, lê jornais diários…mas não lê livros…

Em Portugal, sem dúvida as sugestões de leitura de Marcelo Rebelo de Sousa na televisão, antes de ser Presidente, eram um dos pontos altos do Jornal da Noite e sem dúvida em muito contribuíram para a sua popularidade e para a sua identificação pelo público, de uma pessoa dotada de um vasto saber e extraordinárias capacidades intelectuais. E atualmente, como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não descura a sua figura de mediador da leitura. A referência aos livros que lê, o ato de comprar livros nas mais diversas feiras, doar livros a bibliotecas e outras ações livrescas são uma constante no seu dia-a-dia e até as revistas cor-de-rosa disso falam!

Sem dúvida, um Presidente português que lê Livros faz muita falta a um país que muito precisa de ler…pois como diz o ditado - em terra de cegos quem tem olho é rei!

 

Imagem de comunidadeculturaearte.com