4 Março 2018      10:58

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Um alentejano em greve de fome pelos Açores

Foram doze os dias em que Paulo Estêvão, deputado do Partido Popular Monárquico (PPM) na Assembleia Regional dos Açores, esteve em greve de fome em defesa do fornecimento de refeições escolares à Escola Básica e Secundária Mouzinho da Silveira, na ilha do Corvo.

Paulo Estêvão, com 50 anos, é natural de Serpa, mas reside nos Açores desde 1995. Licenciado em História pela Universidade de Évora, foi professor nas ilhas Terceira, Faial, Pico e Corvo, onde foi ainda diretor da escola. Foi já nos açores que ingressou na política, primeiro no CDS – onde foi vice-presidente regional – e, posteriormente, em 2000, no PPM, tendo sido eleito deputado pelo circulo do Corvo, em 2008, 2012 e 2016.

Não é a primeira vez que o deputado alentejano-açoriano faz greve de fome em defesa dos valores e causas que entende serem importantes para o Corvo; já em 2009 tinha feito greve de fome – de três dias – por esta ser a única ilha do arquipélago sem uma delegação do parlamento açoriano, algo que viria a conseguir. Em 2011, novo caso insólito: a ilha não tinha nenhum museu, uma vez mais, caso único nos Açores; Paulo Estêvão comprou e doou à região um edifício do século XVII de modo a ser criado aí um espaço museológico que será inaugurado este ano.,

Agora, com esta greve de fome de 13 dias – segundo O Público – o deputado do PPM terá conseguido que o Governo Regional dos Açores assegure o fornecimento de refeições escolares à Escola Básica e Secundária Mouzinho da Silveira (curiosamente, também alentejano) na ilha do Corvo.

O fornecimento de refeições escolares aos 42 alunos da única escola do Corvo será assegurado pela Santa Casa da Misericórdia da ilha do Corvo - ou qualquer outra solução que se revele adequada – sendo que o executivo açoreano não construirá uma cantina nesta ilha, garante o acordo que levou Paulo Estêvão a terminar a greve de fome .

 

Imagem de acores24horas.pt