10 Janeiro 2023      13:14

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Terramay planta mais de 3300 árvores no Alandroal

A Terramay, junto ao Alandroal, nas margens do Alqueva, organizou, no passado sábado, uma ação de florestação que envolveu cerca de 1000 pessoas.

De acordo com o jornal Público, o objetivo de David e Anna de Brito, os proprietários da Terramay, é que, durante este inverno, sejam plantadas, no total, 5014 árvores. Este número é simbólico, pois é exatamente o número de habitantes registados no concelho nos Censos de 2021.

Em declarações ao Público, David Brito explica que esta é a terceira fase da reflorestação da Terramay, depois de, no inverno passado, terem já sido plantadas mais 2500 numa nova zona de agrofloresta, de oito hectares, que irá continuar a crescer.

Assim, no passado sábado, bastou uma hora e meia para plantar as mais de 3300 árvores, junto às linhas de água da propriedade, que foram assim requalificadas. “Se tivemos preparado as coisas para isso, poderíamos ter plantado as 5000”, comenta David, satisfeito com o resultado.

A iniciativa teve o apoio da Câmara Municipal do Alandroal, que disponibilizou transporte gratuito, e todos os que participaram tiveram a oferta de um almoço, um certificado de participação e um passeio de pónei para os mais pequenos.

As árvores e arbustos autóctones – quercus de vários tipos, loendros, salgueiros, choupos e freixos – foram doados pelos projetos Life Terra (que tem como missão reunir esforços para que sejam plantadas 500 milhões de árvores na Europa e avaliar o impacto disso em termos de sequestro de carbono), Desert Adapt (que promove modelos de adaptação à desertificação em Itália, Espanha e Portugal) e pela associação Além Risco, centrada na divulgação dos problemas da desertificação no território alentejano, promotora de soluções de base natural para minimizar os impactos da crise climática, e que, nesse contexto, pretende apoiar a plantação de 50 mil árvores no distrito de Évora.

Os proprietários da Terramay, que praticam a agricultura regenerativa, querem combater a erosão da natureza, dos solos e a perda da biodiversidade, mas também contribuir para o combate à desertificação humana, que afeta profundamente a região.

Hoje, quatro anos depois e com um investimento inicial de perto de três milhões de euros, posicionam-se como uma das herdades de referência na agricultura regenerativa, com uma componente turística (alojamento e restaurante), mas também uma aposta na educação e formação, materializada pelo festival Soil to Soul Alandroal, que teve a sua primeira edição em maio do ano passado, partindo de um modelo criado em Zurique, na Suíça.

Ambos acreditam que Portugal “é hoje uma meca da agricultura regenerativa”. No Alandroal, David e Anna vão continuar a reflorestar, a manter o montado e a aumentar a agrofloresta.

 

Fotografia de publico.pt