O Teatro Garcia de Resende, em Évora, irá ter, este ano, um total de 127 espetáculos e iniciativas culturais na sua programação, num investimento global de 400 mil euros.
Em declarações à agência Lusa, José Russo, diretor do Centro Dramático de Évora (Cendrev), a companhia residente do teatro, explicou que esta programação abarca “um conjunto de espetáculos orientado, em função da sua qualidade, para diferentes públicos”.
“Outro fator que valorizamos muito é que esta programação conta com a participação de um grupo muito significativo de agentes culturais locais”, nomeadamente de companhias, associações, artistas, músicos de Évora.
De acordo com o responsável, este plano anual foi construído com financiamento da Direção-Geral das Artes (DGArtes) e da Câmara de Évora, no âmbito de uma candidatura ao concurso de apoio à programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP).
A programação do TGR para este ano envolveu um investimento global de “400 mil euros”, mas a DGArtes “só financia 50% dos custos”, pelo que “a outra parte é assegurada pela câmara”, adiantou o diretor do Cendrev.
Esta verba destina-se a custear “a programação dos espetáculos, as dormidas, os transportes, os cachês e a divulgação”, referiu, indicando que “não paga a estrutura, ou seja, não paga, neste caso, ao Cendrev”.
Quanto aos espetáculos e iniciativas culturais previstas, José Russo destacou a integração na programação da edição deste ano da Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME), que está marcada para o mês de junho.
“É uma mais-valia imensa porque organizamos a BIME desde 1987 e, até aqui, nunca tínhamos conseguido um financiamento à partida para a bienal e, agora, temos duas edições financiadas, a que vai acontecer este ano e a de 2025”, referiu.
Além da BIME, estão incluídos no plano anual o Festival Imaterial, o Festival Internacional de Dança Contemporânea (FIDANC), o Fórum Teatral Ibérico, o Encontro de Teatro Ibérico e o Festival de Expressões.
Durante a sessão de apresentação da programação, também o presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, afirmou que “esta ‘casa’ é um teatro histórico. É um teatro que marca Évora e foi uma peça essencial na nossa candidatura a Capital Europeia da Cultura e será uma peça essencial naquilo que será a Capital Europeia da Cultura”.
Além disso, o autarca indicou que “queremos que este teatro possa ter e vir a ser uma referência em termos da programação não apenas local, mas em termos nacionais e internacionais, nomeadamente quando chegarmos a 2027 e depois, naturalmente, para além de 2027”.
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