16 Fevereiro 2021      13:15

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A Sua Mente Está em Forma para Jogar?

A crescente popularidade dos jogos como atividade desportiva está em crescimento. Atraindo milhões de jogadores e fãs, vão a jogo mais do que atletas e personagens virtuais, pois estão também presentes prémios verdadeiramente irresistíveis.

A geração que vê agora os seus filhos dar cartas no emocionante mundo dos videojogos desafia os seus pais a serem melhores. - Estará preparado?

A autora Vitoria Oliveira (mais acerca da mesma aqui) parte em descoberta do fantástico mundo dos jogos e do seu impacto na forma como a nossa mente opera.

Tantas Opções e Tão Pouco Tempo

Todos os jogadores têm algo que os prende. Sejam complexos RPG online, uma slot num casinos em Portugal, ou um jogo de futebol contra um adversário no outro lado do mundo. Existe sempre algo que parece desenhado para agradar a cada um de nós.

Muitos estudos têm colocado foco em como os videogames afetam o cérebro negativamente. Estes tendem-se a comprovar através de elevados níveis de adição por parte de alguns jogadores, nomeadamente naqueles mais jovens.

Com um mercado competitivo a mover milhões de euros todos os anos, a indústria vai sendo forçada a tomar medidas para conter estes cenários desfavoráveis. Em simultâneo, promove grandes torneios, inclusive em Portugal, ao patrocinar jogadores profissionais e criar toda uma subindústria na atividade de jogo.

Mais competitiva, mais exigente, com menor espaço para erro. Será a profissionalização dos jogos compatível com a diversão?

 

O Lado Positivo

As preocupações, apesar de válidas, podem ser encaradas com algum otimismo. Com uma abordagem moderada, a atividade de jogo é comprovadamente benéfica.

Melhores reflexos, uma memória mais apurada, redução do stress e uma consequente agilidade mental como alguns dos benefícios de como os videogames afetam o cérebro positivamente. Alguns estudos indicam inclusive benefícios na luta desigual contra a demência e outras doenças graves do foro mental.

Como em tantas outras atividades, a moderação parece ser a chave para obter benefícios e minimizar prejuízos. Cabe a cada um conseguir identificar a linha que separa ambos os extremos e à indústria apelar à responsabilidade no uso dos seus produtos.

Quando a diversão se torna em obsessão e impacta em áreas do quotidiano tão simples como manter bons hábitos alimentares, higiene ou atividades sociais, é hora de repensar a abordagem. Apesar dos seus benefícios, há que ponderar as desvantagens dos videogames no cérebro e na saúde mental a longo prazo.

 

Atletas de Alta Competição

Ganhar a vida a jogar não é para todos. Com a idade média dos jogadores esportivos a fixar-se entre os 24 anos nos homens e 27 anos nas mulheres, permanece a questão: será esta a faixa etária em que somos mentalmente mais ágeis e onde os reflexos do corpo estão à altura dos melhores resultados?

Ainda que exista em algum segmento de esports a restrição de idade que obriga à maioridade para fazer parte de determinadas competições, a ausência de jogadores mais velhos poderá ser uma simples coincidência.

A geração “millennial” portuguesa cresceu com os jogos como mero entretenimento, em doses limitadas e onde a competição direta com outros jogadores não estava permanentemente disponível. Dessa forma, toda uma nova geração encara o jogo com outros olhos, onde é possível coexistir diversão e competição feroz.

Se outrora este segmento estava em determinada medida reservado aos jogadores profissionais de casino, existe atualmente todo um crescente panorama para os esports em Portugal.

O Equilíbrio Como Resposta

A boa saúde mental passará por um equilíbrio onde os videojogos desempenham um papel importante. Úteis para manter elevados níveis de concentração, exercitar a memória e melhorar a coordenação entre olho e mão, os seus benefícios apresentam-se como mais que meras distrações.

De igual forma, devem ser consumidos com moderação e nos estilos ideais para cada jogador, de forma a que não se tornem por demais viciantes e impactem negativamente no bem-estar mental e físico.

Não é necessário ser um atleta de alta competição para jogar, nem tal significa que um pouco de concorrência ocasionalmente não seja benéfico em inúmeras áreas da nossa vida.

Jogar em moderação poderá ser para a mente o equivalente a uma boa caminhada, uma ida frequente ao ginásio ou aquela refeição saudável que nos deixa verdadeiramente satisfeitos.

“Um explorador famoso disse uma vez que o extraordinário reside no que fazemos e não em quem somos”. Quem o disse? Lara Croft, no jogo “Tomb Raider”. Uma excelente abordagem para se divertir a jogar, a menos que se sinta muito velho para citações de jogos.