15 Outubro 2017      11:20

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SOBREIROS A MORRER E PEIXES EM EXTINÇÃO NO ALENTEJO

Estamos a 15 de outubro e 81% do território continental está ainda em seca severa; pior, 7,4% está em seca extrema. Segundo o IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o mês de setembro foi mesmo o mais seco dos últimos 87 anos!

Habituado a temperaturas altas, este fenómeno é estranho, mesmo para o Alentejo onde há já espécies em vias de extinção que veem agravada a sua sobrevivência, sobretudo na bacia do Guadiana e onde os sobreiros e azinheiras estão a morrer, sobretudo no Baixo Alentejo e Alentejo litoral.

As causas são variadas, mas a seca agravou-as e há muitos sobreiros e azinheiras a secar e fazer desparecer áreas importantes e relevantes do tradicional montado alentejano.

Na bacia do Guadiana, estão em risco de extinção algumas espécies autóctones de peixes, sobretudo o saramugo que estava já classificado como "Criticamente em perigo" e é, desde 2007, alvo de um projeto de proteção e reprodução envolvendo a Universidade de Évora e o Fluviário de Mora.

O sarugo, segundo os critérios da International Union for Conservation of Nature (IUCN) e do Atlas e Livro Vermelho dos Peixes Continentais de Espanha (2002), é mesmo uma das mais ameaçadas do mundo e, nas últimas décadas, a população de sarugos na Bacia Hidrográfica do Guadiana - mais precisamente nas ribeiras do Vascão (Mértola) e de Odeleite - sofreu uma redução de 80 por cento.

O surgimento de espécies exóticas nos rios alentejanos, como lúcio-perca, também não tem ajudado na sobrevivência e continuidade das espécies autóctones.

 

Imagem de precisionelite.pt