20 Julho 2019      10:24

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Sírios lutam por uma comunidade auto sustentável no Alentejo

O projeto já tem nome: “Orquídea” - uma flor sobrevivente e surge da cabeça do engenheiro informático sírio Alan Ghunim, o presidente da Associação Família de Refugiados.

Alan, com 36 anos, é refugiado em Portugal há cerca de 3 anos. Podia ter ido para a Alemanha, onde já tinha família, mas quis Portugal por sentir proximidade nos portugueses e reconhece os portugueses como simpáticos e dignos. A revista “Sábado”, na sua edição desta semana, revela que Alan tem um sonho: criar uma comunidade auto sustentável no Alentejo, visto ser a região que mais se assemelha à Síria.

O projeto esteve quase a nascer em Aljustrel, no entanto, esta possibilidade gorou-se em 2018; tudo aponta que será no Crato que esta comunidade possa vir a nascer e tudo porque os organizadores do festival “Waking Life” souberam dos planos de Alan e ofereceram ajuda.

Caso a Câmara do Crato venha a autorizar esta comunidade, a mesma “nascerá” nos terrenos onde decorre o festival. O engenheiro sírio quer repovoar a região e conta com apoio de outros sírios e também de paquistaneses.

Apesar desta possibilidade no norte alentejano, é no Baixo Alentejo que recaem as preferências para a sua instalação e, dessa comunidade – atualmente com cerca de 10 pessoas – e após analise das fontes de subsistência, será criada uma quinta biológica e terá início a integração de famílias oriundas de países em conflito.

Alan Ghumin e a mulher Ramia, já estão completamente estabelecidos em Portugal e decidiram também apostar na restauração, sendo proprietários do restaurante “Tayybeh”, em Lisboa, característico pelos pratos sírios.

 

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