22 Outubro 2018      10:52

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Serpa rejeita críticas de Capoulas Santos e exige conhecer impacto do olival intensivo

A cultura de azeite e as monoculturas intensivas e superintensivas do olival e amendoal regadas com água do Alqueva continua a gerar troca de palavras entre autarcas do Baixo Alentejo e o Ministério da Agricultura de Capoulas Santos.

A polémica surgiu na sequência das declarações da autarquia de Serpa (CDU) quanto a preocupações ambientais geradas pela monocultura intensiva e superintensiva do olival e pela produção de azeite na região e da ausência de sistemas de monitorização para controlo ambiental e de saúde pública. Sistema tomado como necessário e que já havia sido tema de uma moção aprovada pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), como 9 eleitos pelo PS e 4 pela CDU.

Capoulas Santos reagiu então considerando como "incompreensível o discurso alarmista de alguns autarcas do Baixo Alentejo", até porque a área ocupada com esta cultura representa "1,25% do total" da região Alentejo, refutando o impacto ambiental e na saúde pública das monoculturas intensivas e superintensivas do olival no Alentejo, dados que se vieram a revelar desatualizados, por se referirem a 2011, quando o impacto do olival e amendoal ainda não se faziam notar.

Ainda assim o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária prepara-se para lançar um estudo mais aprofundado de avaliação comparativa dos diversos tipos de exploração de olival.

A Câmara Municipal de Serpa voltou agora a levantar preocupações com “a propagação e o evidente crescimento de monoculturas intensivas e superintensivas no concelho nos últimos anos" e com a "falta de informação concreta e actual sobre os efectivos impactos ambientais e de saúde pública, bem como sobre novas plantações a médio prazo”. O município rejeita em comunicado que esteja a ser alarmista, como acusou o Ministério da Agricultura “mas de uma posição preventiva e do elementar direito à informação por parte das populações”, esclarece.

Em comunicado o município garante que não é contra nenhum tipo de cultura ou modo de produção mas que exige conhecer os impactos causados pela produção intensiva e superintensiva na região.

 

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