1 Dezembro 2022      15:04

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Santiago do Cacém aprova orçamento no valor de 49,2 ME para 2023

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém

No dia de ontem, 30 de novembro, foi aprovado pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém o orçamento para o próximo ano, no valor de 49,2 milhões de euros, o que representa mais 8,6 milhões em relação ao de 2022. No entanto, a oposição faz críticas por considerar que existe uma ausência de estratégias.

O aumento, que é considerado o “maior de sempre”, ficou a dever-se “ao processo de transferência de competências” para as autarquias por parte do Estado, “despesas com o pessoal” e ao “conjunto de obras”, com “um grande peso financeiro”, que transitam para o ano de 2023, como explica Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, à agência Lusa.

A aprovação das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento para o próximo ano foi conseguida pela maioria comunista, tendo dois vereadores do PS e o vereador da coligação PSD/CDS-PP votado contra.

Ainda de acordo com o presidente, está previsto neste orçamento um investimento superior a três milhões de euros destinado à requalificação do Parque Empresarial de Vila Nova de Santo André, no Bairro dos Serrotes, que já está “em curso” e cujo “peso financeiro” vai transitar para o próximo ano. O mesmo acontece com o Jardim Municipal, e respetiva área envolvente, e com a Loja do Cidadão.

Existem ainda, segundo o autarca, outros investimentos que vão ter reflexos financeiros em 2023, tais como a requalificação do Cineteatro de Ermidas e do Cinema de Alvalade.

Além disso, adianta ainda Álvaro Beijinha, este documento continua a ter previstos investimentos nos equipamentos e nas escolas e o apoio ao movimento associativo e às iniciativas culturais, aos quais foi feito um reforço, de forma a acompanhar a dinâmica de Santiago do Cacém.

O presidente informa também que foram reforçadas as verbas “para requalificação do parque habitacional” no âmbito da Estratégia Local de Habitação, avançando já em 2023 com “a requalificação de edifícios municipais”.

O município de Santiago do Cacém tem um executivo composto por quatro eleitos da CDU, dois do PS e um da coligação PSD/CDS-PP.

Artur Ceia, vereador socialista, referiu-se, em declaração à agência Lusa, a este documento como “um orçamento de continuidade”, com “obras de investimento” a transitar de “anos anteriores”, lamentando ainda “o valor manifestamente baixo” dos apoios destinados às associações. 

“Penso que havia condições para que a câmara aumentasse o valor financeiro ao movimento associativo, cultural, associações humanitárias, como os bombeiros e mesmo às associações de natureza social”, argumentou ainda o vereador.

Já para o vereador da coligação PSD/CDS-PP, Luís Santos, este orçamento deixa a ideia de que não há “uma estratégia definida para o futuro do concelho” por parte da maioria comunista e que a concretização de novos projetos está dependente de fundos comunitários.

“Verificamos que, sendo este um orçamento para um ano de transição entre quadros comunitários, em que não há muitos fundos comunitários disponíveis, a câmara não tem projetos novos e ficamos a perceber que, sem fundos comunitários, não tem investimentos relevantes porque a sua base é precisamente essa”, afirma Luís Santos.

A discussão e a votação das Grandes Opções do Plano e Orçamento para o próximo ano vai ser feita em reunião de Assembleia Municipal de Santiago do Cacém, que está agendada para o próximo dia 16 de dezembro. 

 

Fotografia de radiosines.sapo.pt