2 Janeiro 2021      17:25

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Saiba tudo sobre as eleições presidenciais deste mês

Este mês, dia 24, há eleições para escolher o Presidente da República para os próximos 5 anos.

Os candidatos para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa – e que pode ser o próprio Marcelo – já conhecem a ordem em que se situam nos boletins de voto, do qual constarão oito nomes.

Apesar do processo para identificação de candidaturas regulares e aceites em definitivo pelo Tribunal Constitucional (TC) só terminar dia 11 de janeiro, a Comissão Nacional de Eleições já enviou boletins para impressão, mesmo antes de saber da aceitação dos candidatos pelo TC, por não existir tempo suficiente para preparar o processo somente a partir de dia 11, facto que motivou que o candidato Eduardo Baptista, e que só entregou 11  (6 válidas) assinaturas das 7500 assinaturas exigidas, conste do boletim de voto e, após sorteio, no primeiro lugar do mesmo.

A ordem sorteada pelo TC para constar nos boletins de voto será então a seguinte: Eduardo Baptista; Marisa Matias; Marcelo Rebelo de Sousa; Tiago Mayan; André Ventura; Vitorino Silva; João Ferreira e Ana Gomes.

O nome de Eduardo Baptista constará no primeiro lugar no boletim, mas como a candidatura não foi admitida pelo TC, serão considerados nulos quaisquer votos que obtenha.

Para estas eleições de dia 24, cidadãos presos e internados vão poder votar antecipadamente já entre 14 e 17 de janeiro, mas têm de o pedir, por carta ou mail - à administração eleitoral da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, por meios eletrónicos (http://www.votoantecipado.mai.gov.pt) ou por via postal - até à próxima segunda-feira.

Os eleitores em confinamento obrigatório decretado pelas autoridades de saúde, terão de manifestar a sua intenção de votar antecipadamente, pelos mesmos meios, entre 14 e 17 de janeiro.

Para os cidadãos portugueses que se encontrem no estrangeiro, a votação decorrerá entre 12 e 14 de janeiro, nas embaixadas ou consulados definidos previamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O voto antecipado em mobilidade que qualquer cidadão pode requerer entre 10 e 14 de janeiro, e permitirá votar a 17 de janeiro no concelho que indicar.

 

Conheça os candidatos com mais detalhe:

Marisa Matias – é a candidata pelo Bloco de Esquerda; tem 44 anos e é socióloga e eurodeputada eleita pelo BE desde 2009, sendo também dirigente do partido. Foi candidata do BE à Câmara Municipal de Coimbra, em 2005. Já foi candidata nas presidenciais em 2016, e ficou em terceiro lugar, com 10,12% dos votos, sendo a melhor resultado de sempre de uma mulher.

Marcelo Rebelo de Sousa – com 72 anos, é professor catedrático jubilado; foi comentador político na rádio e na televisão. É o atual presidente e foi eleito com 52% dos votos. De 1996 e 1999, foi presidente do PSD e é apoiado pelo partido e também pelo CDS-PP.  Foi deputado à Assembleia Constituinte em 1975, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ministro dos Assuntos Parlamentares. Presidiu ainda às assembleias municipais de Cascais e Celorico de Basto.

Tiago Mayan – é apoiado pela Iniciativa Liberal à Presidência da República, partido do que ajudou a fundar. Advogado e com 43 anos, foi militante do PSD e esteve envolvido nas campanhas e movimento “Porto, o Nosso Partido” de Rui Moreira

André Ventura – o líder do Chega, partido que o apoia, tem 37 anos e é professor universitário e deputado. Foi militante do PSD e candidato à Câmara Municipal de Loures, em 2017,

Vitorino Silva – mais conhecido como “Tino de Rans”, tem 49 anos, e é calceteiro. Já foi presidente da Junta de Freguesia de Rans (Penafiel) pelo PS e candidato independente às Câmaras Municipais de Valongo e Penafiel, além de, nas últimas presidenciais, ter conseguido 3,28% dos votos.

João Ferreira – é o candidato do Partido Comunista Português (PCP). Com 42 anos, é biólogo, eurodeputado e vereador na Câmara Municipal de Lisboa, além de membro do Comité Central comunista.

Ana Gomes - jurista e diplomata, com 66 anos, foi chefe da missão portuguesa na Indonésia durante o processo de independência de Timor-Leste. Militante do PS, foi eurodeputada de 2004 a 2019.

 

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