30 Janeiro 2019      18:25

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Reguengos de Monsaraz entra em mercado de 73 milhões de chineses

Na primeira remessa de carne de porco alentejano para a China, a partir de Reguengos de Monsaraz, o Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos diz que “é um passo importantíssimo para o setor”. Já José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz destaca que “o envio de produto na casa dos 15 mil animais por semana”, assegurará 150 postos de trabalho.
Certo é que o destino da carne, a província de Hunan, representa um mercado com mais de 73 milhões de consumidores, num negócio que representa “o início de relação com mercados de elevadíssima dimensão”, adiantou o autarca.
 
E o negócio não se vai ficar pela carne de porco já que está prevista “a abertura de um centro de degustação de produtos portugueses em Changsha”, capital daquela província chinesa, o que levará atrás os vinhos, enchidos e queijos, entre outros produtos regionais alentejanos.
 
As previsões nacionais preveem um encaixe de cerca de 100 milhões de euros, só no primeiro ano, com a venda de suínos para a China; no segundo ano, os valores podem duplicar e chegar aos 200 milhões de euros.

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, no início de novembro, dava o processo negocial de venda de carne de porco para a China como encerrado e disse que estava só pendente de questões de ordem burocrática e que, entretanto, foram resolvidas.

Deste modo, as exportações tiveram início hoje, com origem em três matadouros nacionais - Maporal, ICM e Montalva - que os serviços oficiais chineses revelaram já ter autorizado exportar para a China. Há esforços a ser realizados e que visam, dentro de seis meses, certificar mais três matadouros nacionais.

Nuno Correia, diretor da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores acredita que negócio dará um novo impulso ao setor agropecuário nacional e decorrem já negociações com o ACME Group e que visam expandir ainda mais o negócio.

Um dos matadouros envolvidos é o de Reguengos de Monsaraz, propriedade da Maporal e que irá trabalhar, em exclusivo, para o mercado chinês, o que terá um custo de investimento na ordem dos seis milhões de euros para poder aumentar a sua produção, criando também cerca de 150 novos postos de trabalho.

Serão abatidos em redor de quatro mil animais por semana no início, sendo que, até final do ano, o abate será de dez mil animais por semana.

 

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