A iniciativa “Emprego Interior MAIS”, em 15 meses, aprovou 371 candidaturas, que correspondem a 667 pessoas (incluindo candidatos e os membros do agregado familiar) e que representam quase 1,2 milhões de euros em apoios pagos.
Os dados são do Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social (MTSSS), que mostram que, em média, até ao final de outubro, com este programa houve 44 pessoas que deixaram o litoral para rumar ao interior do país. O apoio às famílias para proceder à mudança pode ir até 4 827 euros.
Segundo a Renascença, Castelo Branco é o distrito mais procurado, com 20% das candidaturas aprovadas. Seguiram-se Portalegre (10%), Évora (10%) e Guarda (9%).
A maior parte dos processos de mobilidade apoiados são da região de Lisboa para o Alentejo (22% do total), da região de Lisboa para a Região Centro (20% do total), entre distritos da região Norte (12% do total), da região Norte para a região Centro (9%) e da região Centro para a região Centro (8%).
Contudo, em declarações à Renascença, a ministra do MTSSS, Ana Mendes Godinho, anunciou que este programa vai sofrer algumas alterações e será alargado.
“Estamos a preparar para alargar o programa para que quem queira trabalhar remotamente de um território do interior, ou em teletrabalho, possa ser abrangido. Mas vamos também abrir a trabalhadores estrangeiros que queiram ir trabalhar para o interior de Portugal”, avança a governante.
Estas mudanças vão acontecer ainda esta semana, segundo Mendes Godinho, pelo que “já este mês poderá haver candidaturas de quem queira trabalhar remotamente ou em teletrabalho a partir do interior”.
Questionada sobre se 44 pessoas é um número que a deixe satisfeita com os resultados do “Emprego Interior MAIS”, Ana Mendes Godinho começa por contextualizar que este “é um projeto piloto que lançámos em plena pandemia”, acrescentando que “procurámos, com a avaliação que fizemos, criar condições para crescer mais com a possibilidade de as pessoas trabalharem no interior”.
A ministra diz ainda acreditar que com estas alterações “possamos ganhar maior procura por parte do programa”. “Ele foi lançado numa altura atípica da vida em comunidade”, insiste.
Fotografia de portugal.gov.pt