31 Julho 2017      11:10

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PRODUÇÃO DE CEREAIS COM QUEBRAS ENTRE OS 15% E OS 20%

O Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê quebras na produção de cereais no Outono/Inverno em 2017 e atribui o facto à seca que assola o país, particularmente no sul.

As produções de trigo, cevada e aveia deverão sofrer quebras de entre 15% e 20% e o centeio deverá ter quebras na ordem dos 5%, assim como o milho para grão. A seca afetou também as pastagens e a falta de água obrigou a um ajuste nas culturas de regadio. O boletim regista ainfa a crescente dificuldade de disponibilização de água para "abeberamento dos efetivos pecuários, com necessidade de transporte de água a partir de explorações vizinhas ou de reservas de água pública, com o consequente aumento dos custos e dificuldades de maneio".

A área em seca considerada extrema aumentou no interior do Alentejo – a nível nacional 78% do território, no fim deste mês, está em seca severa e extrema – de acordo com o IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Neste relatório do IPMA, é ainda referido que, em Portugal continental, junho foi um mês "extremamente quente e muito seco", sendo mesmo o terceiro junho mais quente desde 1931, sendo o valor médio de temperatura os 29,57 graus Celsius.

No dia 17 de junho - o mais quente do mês – com 50% das estações meteorológicas nacionais a registarem valores da temperatura máxima acima dos 40 graus Celsius.

Com estes dados, não será de esperar algo que não seja o agravamento da situação, tal como assumiu já o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, no final de uma reunião com autarcas e técnicos de vários municípios do Alentejo onde se debateu o tema.

Imagem de capa do Agroportal