20 Outubro 2018      11:12

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Problemas na área da Saúde continuam a agravar-se no Alentejo

Um exemplo de graves problemas na área da saúde que pode ser dado é a falta de pedopsiquiatras no Alentejo.

“O Alentejo tem apenas dois pedopsiquiatras - os mesmos que já prestavam serviço na região em 2017 - mas os distritos de Évora e Portalegre encontram-se totalmente a descoberto nesta especialidade da psiquiatria. A região debate-se ainda com a falta de equipas multidisciplinares e de camas para o internamento”. É assim que começa uma notícia num dos órgãos de comunicação social de referência no Alentejo.

Segundo a mesma informação, a unidade de saúde eborense disponibilizou 41 vagas para médicos especialistas no início do ano, confirmando que a vaga disponível para pedopsiquiatra não foi ocupada.

É verdade que o maior problema está irremediavelmente associado à falta de recursos humanos, no entanto é fundamental resolver este grave problema.

Segundo a notícia “a região tem apenas dois especialistas para 81.465 crianças, segundo os dados agora apresentados. A grave carência da cobertura, que, de resto, é transversal ao país - o Algarve, por exemplo, só tem um profissional - também merece a preocupação do presidente do Colégio de Psiquiatria da Infância da Ordem dos Médicos, Paulo Santos”.

Para quando a revisão da rede de referenciação hospitalar de psiquiatria da infância e adolescência de consulta pública na Região Alentejo?

A colocação dos médicos em zonas desfavorecidas deve ser uma prioridade. A falta de psiquiatrias é apontada como uma das principais dificuldades do Alentejo a par de outras áreas como cardiologia, cirurgia-geral, ginecologia/ obstetrícia, medicina interna, ortopedia, pediatria e urologia.

Mas quem mais perde são as crianças. Perdem também as famílias do Alentejo.

Outro exemplo é a falta de enfermeiros no SUB de Montemor-o-Novo.

Segundo documento apresentado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses aos Deputados da Comissão de Saúde da Assembleia da república, em recente visita ao Alentejo:

“O SUB de Montemor-o-Novo não funciona, não estando a cumprir a legislação aplicável, isto é, tem apenas um enfermeiro por turno quando, de acordo com a legislação aplicável, deviam estar 2 enfermeiros, conforme o ponto 5º do Despacho n.º 5058-D/2016 do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Esta situação coloca em causa a assistência em situação de verdadeira urgência/emergência pois com apenas um enfermeiro de serviço não é possível, por exemplo em caso de reanimação em paragem cardiorrespiratória, preparar e administrar todo o conjunto de terapêuticas e manobras ventilatórias necessárias.”

Este problema tem várias implicações no bom funcionamento do SUB de Montemor-o-Novo, pelo que população deste concelho do interior do País não pode ser penalizada. Garantidamente os mais prejudicados são as famílias. Perdem também as regiões mais frágeis, porque devido a este tipo de carências tornam-se menos atrativas.

Aguardam-se respostas e soluções para estes graves problemas, que não têm fim à vista.

 

 

 

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