26 Abril 2016      17:16

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PRAGA DO ESCARAVELHO-VERMELHO AMEAÇA PALMEIRAS NO ALENTEJO

Leva já uma década o combate à praga com origem na Ásia e que está a dizimar milhares de palmeiras por todo o país, muitas delas centenárias, com custos enormes em tratamentos que muitas vezes são tardios ou ineficazes e no consequente abate e incineração. Falamos do escaravelho-vermelho (Rhynchophorus ferrugineus) cuja expansão para o ocidente se fez a partir dos anos oitenta do século passado vindos do Médio Oriente, afetando o Norte de África, Orla Mediterrânica e, pelo Algarve, o resto do País.

Embora não sendo autótone a palmeira tornou-se imagem de marca de muitas cidades, particularmente no litoral e no Alentejo, que agora assistem quase impotentes à destruição do insecto a árvores centenárias e de elevado valor patrimonial. Por exemplo, segundo a Biostasia, a empresa que faz o controlo de pragas nas palmeiras em Lisboa, uma palmeira com 12 ou 13 metros pode valer entre 30 a 40 mil euros. Quase tão elevado quanto podem ser as multas para proprietários que sejam notificados para abater palmeiras infectadas e ignorem a ordem.

E o que parece certo é o apetite do insecto, cujas larvas se alimentam do interior das árvores, o que coloca todas as palmeiras do país em risco e que tem obrigado a um controle muito apertado por parte das autoridades. A praga é tão nociva que a União Europeia considerou a luta contra si obrigatória, tendo aprovado a decisão 2007/365/CE, que estabeleceu medidas de emergência contra a introdução e propagação de R. ferrugineus na União.

Até agora o caso mais extremo registado aconteceu em Serpa onde a após várias tentativas de tratamentos em palmeiras atingidas pela praga, agindo sobre a suas palmeiras e mobilizando meios técnicos e aconselhamento aos privados, a autarquia viu-se forçada a interromper toda a estratégia e a dar por perdidas as palmeiras do Jardim Municipal, tendo mesmo sido obrigada a encerrar o espaço ao público.

Imagem de capa daqui.