O porto de Sines ocupou, em 2019, o 21.º lugar entre os 25 principais portos europeus de contentores, com 1,42 milhões de TEU (unidade equivalente a 20 pés) movimentados, revelou um relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
De acordo com a agência Lusa, a conclusão resultou de um estudo comparativo (benchmarking) que analisou os 25 principais portos de contentores da Europa, com base na movimentação de contentores expressa em TEU.
A AMT comparou ainda o porto de Sines com o porto espanhol de Valência, tendo em conta as semelhanças em termos de área de influência.
Segundo o relatório, “a comparação com o porto espanhol revela que o custo total por navio é significativamente superior em Espanha, estando a diferença relacionada com a cobrança da TUP [tarifa de uso do porto] Carga por parte dos portos espanhóis (tarifa eliminada nos portos do continente em 2014). Comparando isoladamente, a TUP Navio e a taxa de pilotagem são superiores em Portugal”.
A AMT refere ainda que a globalidade dos serviços portuários em Portugal continental foi considerada pelos respondentes de um inquérito como “satisfatória”, com destaque para os serviços auxiliares, como reboque, amarração, pilotagem e recolha de resíduos.
Já no que diz respeito aos impactos da pandemia na movimentação de mercadorias no ecossistema portuário, observou-se, em 2020, um decréscimo de 6,9% face a 2019.
O porto de Sines registou o maior movimento de mercadorias, representando cerca de 51,3% do total nacional, refletindo, no entanto, uma ligeira diminuição de 0,1%, que resultou da forte diminuição da importação de carvão mineral (93,4%) para as centrais termoelétricas, que se encontram em processo de desativação.
Nos restantes portos nacionais registaram-se, em 2020, reduções na ordem dos 14% em Leixões, 20% em Lisboa e 14% em Aveiro.
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