Os portos nacionais registaram um crescimento expressivo no movimento de mercadorias durante o mês de outubro de 2024, alcançando um total de 7,6 milhões de toneladas. Este aumento representa um incremento mensal de 19,3%, contribuindo para um acumulado anual de 76,8 milhões de toneladas nos primeiros dez meses do ano, um crescimento homólogo de 9,3%.
O Porto de Sines continuou a liderar a dinâmica nacional, com um aumento de 19% face ao ano anterior, movimentando 43,3 milhões de toneladas, o que corresponde a 56,4% do volume total. Outros portos também apresentaram resultados positivos, como Setúbal, que registou um crescimento de 4,1%, atingindo 5,6 milhões de toneladas, e Aveiro, que aumentou 1,4%, movimentando 4,7 milhões de toneladas. Na Figueira da Foz, o crescimento foi de 1,5%, com 1,7 milhões de toneladas, enquanto Viana do Castelo recuperou 3,9%, alcançando 266 mil toneladas.
Em contrapartida, os portos de Leixões e Lisboa mantiveram-se em terreno negativo. Leixões registou uma redução de 3,7%, com 11,9 milhões de toneladas movimentadas, enquanto Lisboa diminuiu 2,1%, totalizando 9,4 milhões de toneladas no mesmo período.
Segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), os resultados positivos são atribuídos principalmente ao aumento na movimentação de produtos petrolíferos, que cresceram 53%, e de carga contentorizada, com uma subida de 16,4%. Por outro lado, verificaram-se reduções em outras categorias, como granéis sólidos e líquidos em Lisboa, além de gás liquefeito em Sines.
No segmento de contentores, os números anuais apontam para um aumento de 10,2%, totalizando 2,8 milhões de TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés). O Porto de Sines destacou-se novamente, movimentando 1,6 milhões de TEU, um crescimento de 15,4%, o que lhe garantiu uma quota de mercado de 59,1%. Leixões, embora com um aumento marginal de 0,5%, alcançou 593 mil TEU, enquanto Lisboa registou um crescimento mais expressivo de 11,2%, com 382 mil TEU. Por outro lado, Setúbal, Figueira da Foz e Aveiro registaram quedas neste segmento, sendo que este último apresentou uma redução significativa de 17,4%, reflexo da ausência de serviços regulares.
O desempenho positivo na maioria dos portos reforça a relevância do setor portuário para a economia nacional, destacando-se o papel de Sines como motor de crescimento. Contudo, os desafios enfrentados por Leixões e Lisboa apontam para a necessidade de estratégias que revertam as perdas e consolidem o equilíbrio do sistema portuário.
Fotografia de apsinesalgarve.pt
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