28 Janeiro 2019      15:09

Está aqui

Por uma Europa nova

A difícil arte de pensar política e a vontade de pensamentos livres, fizeram-me acreditar que não existe nenhuma questão que responda a todas as outras. É na pluralidade que crescemos. Ao sermos em simultâneo sujeitos e assujeitados, ou nos tornamos opinadores credíveis, ou seres descrentes das palavras. A escolha só a nós cabe.

Aproximam-se atos eleitorais fundamentais para a nossa democracia.  As europeias são as primeiras. Sempre com um elevado número de abstenções está na hora destas eleições deixarem de ser o parente pobre de todas as outras.

A desindividualização dos pensamentos e a sua viragem para o coletivo (não coletivista) fazem com que as suas dimensões éticas assumam verdades, descredibilizando retóricas profanadoras de algumas ideologias.

Precisamos encontrar um New Deal para a Europa, um novo acordo virado para o futuro, em que a atual época de fascismos culturais, que estamos a viver, transformem as batalhas verbais em análises conjeturais e não deem origem aos novos-normais que começam a proliferar. Estes trilhando caminhos gastos, tentam a todo o custo uma possível recuperação.

O direito à informação e a transparência das instituições que compõem os seus órgãos de decisão, farão desta Europa um local mais justo e mais aprazível de ser vivido, apoiado numa constituição democrática e numa política transnacional, onde a solidariedade, um novo pacto para o clima, e a aposta na democracia representativa, são o desafio.

O tempo lento já não existe, quase não nos são permitidas reflexões atempadas produtoras de análises refletidas.

Alimentar o que nos surpreende e não aquilo que já conhecemos é uma aposta permissível. Quase tudo se nos apresenta como produto concluído e imutável. Fugir ao senso comum, caminhando para novas aprendizagens, ajuda-nos à consolidação de ideais. Não é aceitável a existência de linguagens neutras e/ou populistas; novos rumos são possíveis desafiando neutralidades apontando para consensos alargados tendo sempre em vista o Homem, o Planeta e a sua sustentabilidade.

Os processos de confinamento, em crescendo, e as vivências homogéneas apregoadas, levam-me a crer na paixão por ideais inovadores para a Europa. Ideais que, unificando e confrontando opiniões, levarão a que esta Primavera, do maio próximo, seja ainda mais florescente.

Não tenhamos medo de apostar, temos de assegurar o futuro.

Os fracassos estão cumpridos, os sonhos, esses…. continuam pendentes.

 
 
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