“Perante este trágico acontecimento recomendamos que sejam inspecionados regularmente o estado dos equipamentos, as estruturas de suporte e as aplicações concebidas para a contenção e estabilização de terrenos, taludes e maciços rochosos, de forma a evitar futuras situações semelhantes à ocorrida em Borba. Todos os anos são documentados inúmeros casos de desabamentos e deslizamentos de terras que provocam vítimas mortais, feridos e grandes prejuízos materiais, razões pelas quais é necessário continuar a reforçar as medidas preventivas para que sejam evitados e mitigados os riscos de soterramento”, comenta Susana Casinha, Diretora-geral da APSEI.
No âmbito da Engenharia Civil e Geotecnia, os deslizamentos de terras justificam-se, simplificadamente, quando as forças de derrubamento desfavoráveis, correspondentes ao somatório da massa do solo, da água nele presente e de sobrecargas fixas e variáveis, se sobrepõem às forças resistentes do maciço de solo, sejam estas fisicamente naturais ou induzidas por técnicas artificiais instaladas para esse propósito, tais como muros de contenção, ancoragens, entre outras. As causas específicas do desastre desta segunda-feira ainda estão por apurar, no entanto, a instabilidade do maciço de solo e rocha que ocupava o espaço entre as duas pedreiras pode ter determinado a consequente cedência e deslizamento do terreno.