Surgiu sob a forma de despacho, no dia 19 de março, a classificação dos Passos de Cristo/Estações da Via Sacra de Vila Viçosa como conjunto de interesse público.
O despacho publicado em Diário da Republica e assinado pelo Ministro da Cultura Luís Filipe Mendes declara que “o conjunto constitui um testemunho importante da arquitetura religiosa e das formas de devoção locais, permitindo ainda, pela sua semelhança tipológica e relação com a malha urbana, à qual confere sentido e animação cenográfica, estabelecer nexos artísticos, históricos e culturais com outras vias-sacras alentejanas.” E que “A classificação dos Passos de Cristo/Estações da Via Sacra de Vila Viçosa reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e urbanística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva.”
Das sete capelinhas dos Passos de Cristo de Vila Viçosa só restam cinco: o Passo do Rossio e de São Paulo, o Passo da Rua Padre Joaquim Espanca, o Passo da Rua dos Fidalgos (foi deslocado da Praça da República), o Passo do Largo José Sande (foi transferido da Rua da Corredoura) e o Passo Largo Mariano Presado.
Construídas no século XVII, em redor da vila medieval, por ordem da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, destinavam-se a recriar a Paixão de Cristo, numa procissão que ainda se realiza nos dias de hoje, na Sexta-feira Santa.
Com o mármore tradicional da zona em destaque, os pórticos são do barroco e contam com o frontão muito decorado com pinturas, azulejaria e estuques.
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