5 Março 2021      10:17

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Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia em Évora vai ser ampliado

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora, vai adjudicar já este mês a construção do primeiro edifício que permita ampliar o espaço, e já há interesse de empresas para quase toda a área.

O gestor do PACT, João Assunção, disse à Lusa que o concurso público para a construção deste edifício foi lançado no início de fevereiro, com um valor de 2,2 milhões de euros, e a obra vai ser adjudicada “até final deste mês”.

O responsável adianta ainda que o novo edifício “vai entrar em operação no final de março do próximo ano e 75% da área útil disponível já está comprometida”.

Este é um dos quatro novos edifícios que fazem parte do projeto de ampliação do PACT, que corresponde à 2.ª fase do parque, desenvolvido pelo arquiteto Carrilho da Graça, num investimento total de 8,2 milhões de euros, com apoio de fundos comunitários.

Os futuros quatro edifícios, com 6.100 metros quadrados de área, vão ficar localizados num terreno contíguo ao atual edifício do PACT, inaugurado em setembro de 2015, após um investimento de 3,6 milhões de euros.

Quanto aos outros três edifícios do projeto de ampliação, vão avançar “numa fase posterior”, uma vez que “os mecanismos de financiamento são diferentes”, com “momentos de aprovação também diferentes”, indicou João Assunção.

Já o presidente executivo do PACT, Soumodip Sarkar, considerou que o parque está “no bom caminho”, acrescentando que “já estão garantidas” duas de quatro empresas âncora pretendidas para cada uma das áreas estratégicas.

“Estamos a pensar em 60 empresas” para o novo edifício, incluindo “quatro empresas âncora para cada uma das quatro áreas estratégicas: aeronáutica, saúde digital, economia circular e tecnologias da informação e comunicação 4.0”, realçou.

Segundo o responsável, uma delas é o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, que “vai estar ancorado no PACT” e que “já está à espera” que o novo edifício entre em funcionamento.

Também “já temos uma empresa internacional de renome, que fez acordo connosco para ter um escritório” no parque, e esperamos que, “por via desta, venham mais empresas internacionais”, disse Soumodip Sarkar, escusando-se a revelar o nome.

Para o presidente executivo do PACT, o Alentejo pode vir a ser “um novo Silicon Valley”, caso exista “vontade não só do parque, mas de todos os stakeholders [partes interessadas] e também de quem manda no país”.

“O Alentejo é conhecido pela sua gastronomia, paisagem, vinho e património, mas agora queremos manter isto tudo e mostrar um Alentejo diferente e o PACT está a liderar o processo para um Alentejo tecnológico”, sublinhou.

Recorde-se que o PACT é uma das vertentes do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT), que envolve mais de 30 parceiros do Alentejo, como a Universidade de Évora, os politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém, empresas e outras instituições da região.

 

Fotografia de uevora.pt