30 Março 2022      10:50

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Ourique vai acolher nova central solar de 98,7 milhões de euros

A ISDC acaba de iniciar o processo de licenciamento ambiental de uma nova central solar de larga escala em Ourique, no Baixo Alentejo, num investimento de 98,7 milhões de euros.

A informação é adiantada pelo jornal Expresso, que refere que a ISDC é uma empresa de desenvolvimento de projetos fotovoltaicos comprada em 2020 pela Galp Energia.

O projeto “Ourique II” trata-se, então, de uma ampliação da central fotovoltaica que a mesma ISDC desenvolveu em Ourique. Enquanto a primeira central conta com uma capacidade instalada de 250 megawatts (MW), esta segunda, em terrenos próximos, terá 158 MW, de acordo com o estudo de impacto ambiental que está em consulta pública.

Segundo a empresa, depois da atribuição da licença de produção à central de Ourique I pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), em julho de 2021, verificou-se “a possibilidade de o promotor injetar na rede uma potência superior à gerada na central fotovoltaica já licenciada”.

“Assim, não sendo tecnicamente possível integrar esse acréscimo na localização já aprovada, entendeu o promotor desenvolver o projeto de ampliação da referida instalação, por forma a assegurar a rentabilização da licença de produção obtida e evitar a criação de novas infraestruturas de ligação à Rede Nacional de Transporte (RNT) decorrentes de um eventual projeto autónomo”, lê-se no estudo de impacto ambiental.

A central Ourique II deverá ocupar uma área total de 248 hectares, sendo esperada uma produção anual de eletricidade de 357,7 gigawatts hora (GWh), através da instalação de quase 240 mil painéis fotovoltaicos.

A ISDC estima que a construção da central leve dois anos, iniciando-se no primeiro semestre de 2023 e terminando no final de 2024. A central irá depois operar durante 30 anos.

Adicionalmente, o estudo de impacto ambiental refere ainda que o projeto está integralmente em “áreas onde ocorrem culturas temporárias de sequeiro e regadio, onde se registam, muito pontualmente, áreas de olival, eucaliptal e azinheiras isoladas”.