Os Charcos Temporários Mediterrânicos são um habitat natural muito ameaçado, devido à sua fragilidade ecológica e desconhecimento do seu valor natural, sendo na Costa Sudoeste que se encontram alguns dos principais núcleos de charcos temporários a nível nacional. A intensificação da agricultura industrializada e plantas invasoras constituem fatores de declínio deste habitat. A flora e fauna que ocorrem nos Charcos Temporários são muito específicas e adaptadas à alternância de condições extremas, de encharcamento ou secura, de acordo com a altura do ano. Algumas das suas espécies de fauna são endémicas, com uma área de distribuição muito reduzida.
O chorão (Carpobrotus edulis) é uma planta exótica, trazida da África do Sul, e introduzida em vários países por motivos ornamentais e medicinais, mas também para conter o movimento de dunas e controlar a erosão do solo. Contudo, a sua grande capacidade de propagação e resistência levou a que o chorão rapidamente colonizasse grandes áreas, tornando-se uma planta invasora.
O Município de Odemira vai promover uma ação de remoção de chorão, uma planta invasora, no dia 5 de junho, entre as 10.00 e as 12.30 horas, no Centro de Interpretação dos Charcos Temporários Mediterrânicos do Sudoeste Alentejano, junto à Praia do Malhão, na Freguesia de Vila Nova de Milfontes.
A ação terá por tema “Nativas, sim! Invasoras, não!” e está inserida no programa de actividades de educação ambiental da Bandeira Azul 2021.
Com esta iniciativa pretende-se assinalar o Dia Mundial do Ambiente com uma ação que pretende chamar a atenção para a importância do combate às plantas invasoras e da salvaguarda dos Charcos Temporários Mediterrânicos que ocorrem na Costa Sudoeste de Portugal.
Para mais informações, os interessados podem contactar o Setor da Promoção Ambiental do Município de Odemira através do e-mail promocao.ambiental@cm-odemira.
A actividade é gratuita, mas de inscrição obrigatória, até ao dia 2 de junho, através do link: https://www.cm-odemira.pt/p/
Imagem de capa de wilder.pt