O medo. O medo de falhar. O medo de não estar à altura. O medo de que exista alguém melhor.
Em vários sectores da sociedade este é o factor que impera.
No laboral, as pessoas vão trabalhar num stress constante, sem certezas de futuro e sempre com o fantasma da crise por trás.
Na vida em sociedade há a pressão de se estar sempre bem e não deixar má imagem ou impressão.
Até na vida pessoal, a ansiedade impera, com o medo de não sermos suficientemente perfeitos junto daqueles que amamos e com os quais nos preocupamos.
Nunca como hoje se falou em ansiedade como patologia. O nervosismo e o pânico levados ao extremo, numa sensação de medo de falhar por maior que seja o esforço.
Não é preciso olharmos muito longe para nos depararmos com alguém perto do seu ponto de ruptura ou que já o tenha ultrapassado.
Este é a sociedade do salve-se quem puder e a qualquer custo, onde impera o individualismo e onde o colega do lado passa a ser um concorrente.
Se áreas existem em que a competição é saudável e necessária, quando levada ao extremo leva a destruição de projectos e da crença em que o trabalho honesto e sem truques dê lugar ao bem parecer, ao choradinho e à pena.
As empresas precisam de crescer mas de crescer com a qualidade profissional que sabemos existir em Portugal sem que continue a existir a tão já falada fuga de cérebros.
Talvez todos precisemos de um restart e de avaliar realmente o que queremos atingir e o que somos capazes para o obter de forma honesta e justa para com os nossos colegas.
O medo impera mas tem que ser rapidamente substituído pela confiança e pela crença em nós próprios.
Só assim conseguiremos fazer as nossas empresas prosperar e fazer com que, a todos os níveis, a nossa sociedade volte a estar ao nível que ela merece: ao mais alto possível!
Imagem de capa daqui.