12 Fevereiro 2021      17:32

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Ó mãos que beijam a terra

Ó mãos que beijam a terra

na fértil esperança da semente efémera!

Fostes feitas para trazer do futuro

as rugas que o tempo espera.

As rugas que o tempo espera

são lágrimas que o suor ampara.

Ó mãos que beijam a terra,

deixai para trás a miséria,

brindai pela paz,

(a fartura é inimiga da guerra).

Ninguém vos pode vencer!

As mãos que beijam assim

são livres de escolher.

— Dá-me a tua mão;

se quiseres,

juntos seremos a terra

que mais ninguém quis ser.

 

Imagem de sephatrad.blogspot.com

 

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Ricardo Jorge Claudino nasceu em Faro em 1985. Actualmente reside em Lisboa. Mas é Alentejo que respira, por inigualável paz, e pelos seus antepassados que são do concelho de Reguengos de Monsaraz. Licenciado em Engenharia Informática e mestre em Informação e Sistemas Empresariais pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Exerce desde 2001 a profissão de programador informático. Também exerce desde que é gente o pensamento de poeta.