28 Outubro 2017      09:36

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O GOVERNO QUE MALTRATA O ALENTEJO

Na crónica desta semana apresento dois casos demonstrativos da falta de solidariedade do Governo para com o Alentejo: Um dos temas tem a ver com a falta de assistentes operacionais nas escolas de Évora; outro tema tem a ver com a supressão de comboios na linha de Casabranca – Beja.

O discurso oficial não é esse. Não bate certo! Por isso, torna-se fundamental alertar para estas graves situações.

 

1 - Falta de 42 assistentes operacionais nas escolas do concelho de Évora

Segundo informação prestada pelo senhor Presidente da Câmara Municipal de Évora, no ato oficial da tomada de posse dos órgãos autárquicos, no dia 20 de outubro de 2017, Évora continua com um número insuficiente de assistentes operacionais.

De acordo com o anunciado, são 42 o número em falta de assistentes operacionais para responder às necessidades do concelho de Évora. Na prática, é um valor idêntico ao de 2016. Tal como foi referido, este é um problema que persiste e que ainda nos encontramos muito distantes da sua resolução.

Tal facto tem vindo a criar permanente instabilidade em toda a comunidade educativa.

Ao contrário do discurso oficial do Governo, o ano letivo não arrancou nas melhores condições. Continuamos com muitos destes problemas por solucionar. Aquilo que parecia indiciar que estávamos perante situações pontuais, estamos, sem dúvida alguma, perante um problema generalizado e extremamente grave.

Já foram colocadas várias questões (sobre diferentes Escolas) ao Sr. Ministro da Educação, sem que tenha dado respostas clarificadoras. Esperamos que, de uma vez por todas, nos dê respostas bem claras, mas sobretudo a solução para estes problemas.

Já vamos no segundo mês após o início do novo ano letivo, sem que exista qualquer solução à vista por parte do Estado para estes problemas. Torna-se fundamental encontrar uma solução para resolver um problema que afeta todas as crianças e que pode vir a ter consequências muito graves em matéria de segurança.

 

2 - Supressão de comboios na linha de Casabranca – Beja.

Foram recentemente suprimidos (em outubro) comboios no trajeto de Cuba para Beja. Estes cortes afetaram sobretudo pessoas que se deslocam todos os dias para trabalhar e estudantes do Instituto Politécnico de Beja.

Para tentar compensar o problema criado, foi decidido que os horários das 8.35 horas, das 10.30 horas e das 17 horas (os mais problemáticos para as populações) passassem a ser efetuados através autocarro, sem quaisquer justificações.

É fácil verificar o grau de degradação verificada nas carruagens que servem esta linha Beja/ Casa Branca / Beja. Os atrasos são recorrentes. As questões de higiene e qualidade das composições degradam-se fortemente.

Numa região em que a baixa densidade populacional e o forte envelhecimento são problemas estruturais muito graves (que merecem medidas urgentes), as carências ao nível da mobilidade e alternativas de transporte, agravam ainda mais estes problemas. Mas também agravam a qualidade de vida das populações.

Com estas más decisões, criam-se mais desequilíbrios entre os diferentes territórios nacionais.

 

 

Imagem de panoramio.com