27 Agosto 2022      15:15

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O castiçal

Parecia que tinha sido um palácio outrora, há muitos anos atrás, quando as princesas vestiam vestidos longos que tapavam os tornozelos e os decotes eram mais exuberantes do que são hoje em dia.

Parecia que aquele palácio fazia parte de um conto de fadas, de uma história de era uma vez que nunca posicionava a história no tempo cronológico certo, mas havia sempre alguém que sabia o desfecho.

Desta história ninguém sabia o final, nem o início. Saber como começava implicava saber o meio, mas nunca o final. Agripina era a princesa do castelo principal, não a governante régia, todavia.

A terra era coberta de maravilhas, daquelas que se encontram nos filmes e nas séries de televisão. E quantas nos impressionam, e quantas se tornam realidade nos nossos sonhos, nas nossas cabeças. A terra é coberta de maravilhas. Nela sonhamos, adormecemos e acordamos embalados na esperança de uma nova vida, de um novo dia.

É nessa realidade, nesse sonho, nesse momento específico, em que cada momento se transforma numa situação que aparece um castiçal!

Símbolo da luz perene… o castiçal ultrapassa todas as eras, todas as religiões e conjuga em si a capacidade de se tornar um fator de união.

Agripina consagrou o castiçal no seu reinado. Tantos outros o fizeram, durante anos e anos.

Ninguém sabia a história daquele castiçal que começara ali, escondido no interior de um armário de um palácio medieval.

Agripina sabia! Mas a ninguém interessava a opinião de Agripina, que já tinha morrido há tantos anos. A única coisa que interessava era a razão porque o castiçal estava no trono de Agripina, e a mesma não dava indicação sobre o futuro do castiçal. Teria propósitos médicos? Sobrenaturais?

Um castiçal? Talvez a vela… talvez a luz…

A Agripina morreu e não contou a ninguém. Infelizmente nem a mim me contou, para poder terminar a história…

Se tiver um castiçal em casa, talvez a possa terminar, sabendo o poder da luz!