2 Junho 2021      12:19

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“O Alentejo é o lado selvagem da Europa” diz o CEO da L’AND Vineyards

José Cunhal Sendim, CEO do L’AND Vineyards

José Cunhal Sendim, fundador e CEO do L’AND Vineyards em Montemor-o-Novo, em entrevista ao Idealista a propósito dos dez anos do resort, enalteceu o Alentejo como sendo “o ‘The wild side of Europe’, o lado selvagem da Europa”.

O L’AND Vineyards, a vertente turística (hoteleira) do resort alentejano, acaba de celebrar uma década, após a sua abertura a 30 de abril de 2011. O seu CEO revela que “temos um resort consolidado, que agora tem uma segunda fase de expansão, mas não de consolidação”.

“O Alentejo é das poucas regiões da Europa que combina um campo fantástico com não estar longe da praia. Nós não temos a noção disso, mas estamos a uma hora da Comporta, a uma hora do litoral alentejano, e não há muitas regiões da Europa que combinem as duas coisas. O Alentejo é ainda um espaço natural completamente preservado. A industrialização não passou por aqui”, considera o gestor.

Contudo, para José Cunhal Sendim, o L’AND Vineyards é mais do que um hotel, especialmente por ter uma adega para “microvinificação, que permite aos hóspedes fazerem atividades vínicas, provas, e terem contacto com o mundo do vinho, e aos proprietários fazerem todos os anos o seu vinho no resort”.

O resort tem ainda um Spa de Vinoterapia e um restaurante que em tempos foi galardoado com estrelas Michellin, quando era liderado pelo chef Miguel Laffan. Além disso, a arquitetura é também um aspeto importante do L’AND Vineyards: “a ideia de usar a arquitetura como um elemento qualificador foi importante. Estes arquitetos [os que desenvolvem projetos para o resort] têm um tema comum, que é as casas pátio mediterrânicas, que são uma forma de estruturar a casa muito antiga, com tradição milenar no Mediterrâneo, portanto a ideia é que todos façam o seu projeto, mas com este tema central”.

Quanto à comemoração dos dez anos do resort, o responsável adianta ainda que “estamos muito felizes. O objetivo foi criar um projeto que se baseasse na identidade da região, do Alentejo, na sua cultura, mas que criasse valor económico e social e que tivesse, também, uma componente de preservação ambiental. Foi esse o nosso objetivo, o nosso sonho, há dez anos”.

José Cunhal Sendim justifica o interesse pelo Alentejo por ser “uma oferta bastante menos sazonal, ou seja, a pessoa pode aqui estar a viver o ano inteiro”, acrescentando que a pandemia “veio acelerar um pouco esta tendência”. “Temos vários residentes que passaram aqui a pandemia, tiveram aqui estes meses, e têm uma boa memória de estar aqui, as pessoas gostaram de ter passado este período aqui, não é um espaço fechado. Acabou por ser positivo para eles. A pandemia de facto acelerou uma tendência que já existia de trás”.

O L’AND Vineyards tem cerca de 30 unidades de alojamento, que podem ser ou villas, ou unidades com dois quartos, ou as Sky Suites. Dentro do resort, há ainda cerca de 35 residências habitadas por proprietários.

O CEO deixou ainda claro que a mensagem que o L’AND Vineyards quer transmitir é a de que o Alentejo é “espaço para se poder viver. É fundamental que as pessoas entendam que o Alentejo ainda é uma região, como eu disse, selvagem, é um passeio no lado selvagem, mas é importante que o conheçam e que o possam viver. É muito difícil encontrar perto de Lisboa, para os portugueses, regiões com estas características”.

 

Fotografia de idealista.pt