Reza a História que Pedro Fernandes de Queirós, terá nascido em Évora, por volta de 1565 e que terá morrido no Panamá.
Dito assim, sem mais, já será bastante estranho que, há época, um alentejano tenha vindo a morrer no Panamá. Mas Pedro era navegador explorador ao serviço da coroa espanhola - o que levou a ser conhecido por ou Pedro Fernández de Quirós - que terá sido um dos primeiros europeus a navegar pelos mares da Oceânia, como piloto de Álvaro de Mendaña de Neira , nas explorações do sudoeste do Oceano Pacífico.
Tornando-se comandante, o alentejano navegou até ao Peru em 1603 porque queria encontrar essa grande ilha a sul do Índico e do Pacífico e reclamá-la para a coroa espanhola.
Cerca de 3 anos depois, Queirós aportou numa grande ilha que considerou ser parte do tal continente a sul que procurava. A essa terra chamou de Terra Austral ou Austrália do Espírito Santo. Essa ilha é ainda hoje chamada de ilha do Espírito Santo e faz parte do Vanuatu. Vários motivos levaram depois a que Queirós acabasse por regressar a Espanha em 1607 e por passar alguns anos na pobreza.
Mas, para a História ficou o facto creditado por alguns historiadores, que terá sido mesmo este alentejano de Évora a “cunhar” o nome "Austrália" e que viria, de aí em diante, a ser utilizado para referências àquela área geográfica do globo.
Também promotora de alguns consensos na comunidade historiadora é a ideia de que terão sido os portugueses os primeiros a chegar à Austrália, ainda na primeira metade do séc. XVI.
Os alentejanos e os portugueses estão em todo o lado e têm marcas profundos na História da civilização e de momentos marcantes do mundo.
Ainda ontem, 20 de julho, se celebravam os 50 anos da chegada do Homem à Lua e até aí havia mão nacional, ou melhor, mãos, pois foi uma portuguesa, Maria Isilda Ribeiro, quem rematou e coseu a bainha da bandeira que Neil Armostrong deixou na lua.
Imagem de capa de thoughtco.com; imagem de Pedro Fernandes de Queirós de myscienceschool.org