4 Janeiro 2019      10:01

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Nova greve dos estivadores ameaça portos de Setúbal e Sines

Os funcionários portuários associados ao Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) decretaram esta semana nova greve ao trabalho nos portos nacionais entre 16 de janeiro e 1 de julho. Os SEAL queixam-se de práticas antissindicais por parte das administrações dos portos.

Para além de Setúbal e Sines, a greve vai abranger Lisboa, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores), abrangendo "todos os trabalhadores efetivos ou com vínculo contratual de duração limitada".

Os SEAL está a aproveitar os ganhos obtidos com o braço de ferro em Setúbal, e que fez este porto perder três dos seus maiores operadores, devido às greves, e agora pretendem os mesmos ganhos em outros portos nacionais, no caso particular, o do Caniçal, na Madeira.

Durante as greves em Setúbal, o Porto de Setúbal acabou de perder 3 armadores e, com eles, 70% da carga. MacAndrews, Arkas e Tarros, armadores que abandonaram operações no Porto de Setúbal, fizeram a Sadoport perca 70% da carga contentorizada, não se prevendo que venham a ser recuperados, até porque, segundo Diogo Marecos, presidente da Operestiva, de Setúbal, os armadores queixavam-se desde agosto da instabilidade laboral no porto e das greves ao trabalho suplementar "tendo aguardado algum tempo, apesar das perdas acumuladas por não conseguirem assegurar que os seus navios eram trabalhados imediatamente assim que chegavam a Setúbal".

Segundo o Observador, a liberdade de filiação sindical tem constituído um dos principais motivos de reivindicação dos estivadores do SEAL, que estão em greve ao trabalho suplementar desde agosto de 2018. Esta paralisação foi interrompida apenas em Setúbal, durante dezembro, após o acordo alcançado em conjunto com as empresas portuárias, após mais de um mês de protesto.

Imagem de capa de Revista Cargo.

 

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