Na quarta-feira, o Mundo acordou em choque com a notícia da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América.
Todos questionam como será possível tal eleição. Há ofensas a eleitores e ao próprio candidato, juntamente com o receio das medidas que poderão vir a ser tomadas pelo Presidente eleito.
O que é facto é que, como ouvi esta semana, Trump encarou as eleições como um negócio, centrando o seu discurso nas minorias do Midle Est, as únicas que, não obstante o anterior voto em Obama e nas suas políticas, seriam susceptíveis de mudar a sua intenção de voto com mais facilidade.
E foi isso que Trump fez, dirigiu o seu discurso para os “esquecidos pelo sistema” prometendo o regresso do sonho americano.
Olhando para Clinton e para o seu discurso, não foi difícil prever o sucedido, embora a margem de vitória de Trump continue a ser uma surpresa.
Dentro do Partido Democrata dois candidatos se destacaram: Hillary Clinton e Bernie Sanders tendo a escolha do Partido incidido na primeira.
Olhando para o discurso entre estes dois candidatos, certamente o discurso e as medidas propostas apresentadas por Bernie Sanders seriam as melhores para fazer frente às de Trump.
Não obstante todo o mérito da candidatura e do trabalho já desempenhado por Clinton, esta acaba por representar mais do mesmo, levando a quem pretende a mudança a votar no outro candidato que se destacou ou a não votar.
É certo que a vitória de Bernie Sanders poderia não ser certa, mas seria sem dúvida uma candidatura com mais e melhores argumentos para conseguir a presidência.
Quanto a Trump a instabilidade é quase certa, quem em quatro horas altera na totalidade o seu discurso (veja-se a diferença entre o último discurso de campanha e o discurso de vitória) não consegue dar o mínimo sinal de estabilidade governativa.
A Europa já começou a dar os primeiros sinais, com os líderes extremistas a reclamar a sua posição em futuras eleições.
Positiva ou negativamente, a história já foi feita.
Resta saber o rumo que irá ser tomado.
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