14 Março 2016      19:42

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NICOLAU BREYNER - UM ALENTEJANO DO TAMANHO DO MUNDO

O Alentejo perdeu dos um seus nomes mais consagrados. Nicolau Breyner, um nome incontornável da arte, do espetáculo e televisão portuguesa partiu hoje, aos 75 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Nascido em Serpa em 1940, João Nicolau de Melo Breyner Lopes passou a sua infância no Alentejo e acabaria por mudar-se para Lisboa, onde canto na Juventude Musical Portuguesa e ingressou, mais tarde na Faculdade de Direito de Lisboa, uma aventura curta pois acabaria por entrar no Conservatório Nacional para um curso de canto e, posteriormente, de teatro.

Foi aí que se estreou nos palcos e em 1959, o “Ribeirinho”, seu professor no Conservatório Nacional, convidou-o para desempenhar um pequeno papel numa peça. O seu desempenho não passou despercebido e depressa se tornou cabeça de cartaz nos teatros de revista do Parque Mayer ao lado de nomes como Laura Alves, Raul Solnado e Eugénio Salvador.

Também foi ator radiofónico, mas foi com “Senhor Feliz e Senhor Contente”, onde contracenava com um então desconhecido Herman José, que Nicolau ficaria na ribalta até aos dias de hoje.

Sucessos como “Eu Show Nico”, a novela Vila Faia, a série humorística “Gente Fina é Outra Coisa”, a telenovela Origens e o musical “Annie” deram continuidade ao seu sucesso.

Acabaria por fundar uma produtora de televisão NBP Produções (atualmente Plural Entertainment) e levou para ecrã um remake de Eu Show Nic” e “Os Homens da Segurança”; mais tarde surgiram “Euronico”, “Nico de Obra”, “Cinzas” e “Reformado e Mal Pago” (1996).

Mas também participou no cinema em filmes como “Jaime” realizado pelo seu amigo António Pedro Vasconcelos, com quem compartilhava um grande amor: o Benfica. “Inferno” de Joaquim Leitão, “Os Imortais” de António Pedro Vasconcelos e “O Milagre Segundo Salomé” de Mário Barroso forma outros filmes onde participou.

Nicolau Breyner viu, em 2009, ser-lhe diagnosticado um cancro da próstata, altura em reconheceu numa entrevista ao jornal Público, que “o fim está mais próximo do que estava há dez anos.”

 

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