24 Dezembro 2019      11:53

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Natal, vinho especial… porque é que não compra uma garrafa de litro?

Hoje é véspera de Natal, uma ocasião especial, um jantar especial pede um vinho especial e os apreciadores já terão feito as suas escolhas. Depois de escolhido o néctar, surge a dúvida da quantidade, quantas garrafas?

Dirão os apreciadores que vinho é vinho e a qualidade está acima de tudo, que não importa em que quantidade ou o formato da garrafa, mas nunca se perguntou porque é que as garrafas de vinho não são de litro?

Ao longo dos tempos, as garrafas de vinho já conheceram inúmeros formatos, inúmeras capacidades, e variam até consoante o tipo de vinho, ou o país.

Mas se é para engarrafar vinho porque não fazer “a conta certa” e fazer garrafas de 1 litro?

Haverá muitas tentativas de explicação deste facto. Terão referido que seria pela capacidade pulmonar dos sopradores de vidro. Facto que se desmistifica com a industrialização e que tornou possível fazer, com facilidade, garrafas de vários tamanhos.

Outra justificação, era a de que 750ml era a quantidade média que um consumidor europeu bebia por refeição. Apesar de os europeus, na Idade Média, beberem grandes quantidades de vinho, a maioria da população beberia água, e não vinho.

Mas a razão mais aceite e consensual passa pelas relações comerciais entre França e Inglaterra, ainda na Idade Média.

Tratou-se de um ajuste entre os dois sistemas métricos; os franceses, tal como os europeus continentais, utilizam o litro como medida, os britânicos o galão imperial. O galão equivale a 4,54609 litros.

As barricas em que o vinho era transportado – via marítima – levavam de 225 litros, cerca de 50 galões; dividido em garrafas de 750ml são exatamente 300 garrafas, ou seja, um galão são 6 garrafas, e é por isso que o vinho continua a ser vendido em caixas de 6 ou 12 garrafas.

A medida de 750ml viria a ser tornada medida padrão, em definitivo, na década de 70, já no séc. XX.

 

Imagem de metropoles.com