25 Fevereiro 2017      11:11

Está aqui

NÃO HÁ REUMATOLOGISTAS NO ALENTEJO HÁ 4 ANOS

As doenças reumáticas afetam mais de metade da população portuguesa; são mesmo uma a principal razão de invalidez em Portugal, no entanto, há quatro anos que não há médicos reumatologistas no Alentejo.

A situação não é exclusiva da região e o problema também afeta alguns hospitais dos grandes centros urbanos. Quem o disse foi o presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Canas da Silva, em declarações à Lusa, num encontro de especialistas nacionais e estrangeiros sobre reumatologia que decorreu, esta semana, na Assembleia da República.

A última médica reumatologista no Alentejo – ao abrigo do Sistema Nacional de Saúde - saiu do Hospital de Évora em 2012, privando assim os utentes da região de um tratamento adequado e em contra daquilo que o próprio Ministério da Saúde tem referenciado para a sua rede e que indica que os serviços de reumatologia devem estar no máximo a 100 quilómetros da população, o que previa a abertura de vagas que, segundo Canas da Silva, não têm sido abertas. Havendo necessidade de 200 a 250 médicos reumatologistas, existem somente 107.

O EpiReumaPt foi o primeiro estudo nacional realizado na área da reumatologia, a mais de 1000 pessoas, e acabou por revelar que as reformas antecipadas por doenças reumáticas custam 900 milhões de euros por ano aos cofres do Estado.

 

Imagem de waldorf.it