A Câmara Municipal de Mora, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Mora, a Associação de Pais, pais e alunos, evitou que o 10.º ano do ensino secundário dos cursos científico-humanísticos encerrasse no próximo ano letivo.
Em comunicado, a autarquia explica que o concelho de Mora corria “sérios riscos” de ver “fechado” o 10.º ano do ensino secundário devido às “reduzidas matrículas dos alunos nos cursos científico-humanísticos”.
Neste sentido, o executivo enviou uma comunicação à Direção dos Serviços da Região do Alentejo – Educação, para “relevar e reforçar a importância de proporcionar condições que possibilitem a igualdade de oportunidades e acesso ao ensino secundário, a todos os estudantes que pretendam permanecer no Agrupamento de Escolas de Mora e na sua zona de residência”.
No documento endereçado à delegada regional, o município alertava para “as consequências nefastas” a verificarem-se caso o 10.º ano encerrasse, nomeadamente a mudança dos alunos já inscritos nos cursos científico-humanísticos para outro agrupamento de escolas, “nenhum a menos de 40 quilómetros de distância da sua área de residência”.
No mesmo documento, a presidente da autarquia, Paula Chuço, destacava que este cenário se revelava “deveras preocupante” para o futuro do concelho, e que, “ao não se efetivar a abertura do 10.º ano do ensino dos cursos científico-humanísticos, estamos todos, enquanto sociedade, a contribuir para o desenvolvimento de jovens que não se encontram concretizados”, “a potenciar os desafios da interioridade”, “a acentuar assimetrias e a promover o êxodo dos jovens e familiares”.
A decisão favorável da Direção dos Serviços da Região do Alentejo – Educação resulta, agora, “da união de esforços, do trabalho e da luta conjunta” entre a autarquia e todas as entidades envolvidas no processo, acrescenta a mesma fonte.
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