25 Março 2021      09:38

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Ministro diz que Beja não é opção “competitiva” para o aeroporto de Lisboa

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação

O aeroporto de Beja não é uma alternativa competitiva a Montijo ou Alcochete para complementar o aeroporto de Lisboa, defende Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação.

De acordo com o Dinheiro Vivo, o governante, em resposta à deputada Inês de Sousa Real, do PAN, esta quarta-feira, explicou que “o aeroporto em Beja é importante para a região do Baixo Alentejo, mas não pode ser para Lisboa. São 129 km em linha reta até Lisboa e mais de 170 km de estrada. Na Europa, nenhum dos principais aeroportos está a mais de 50 quilómetros – os que há estão em declínio. Só defende Beja quem não quer verdadeiramente um aeroporto”.

Recorde-se que, para o PAN, devido a motivos ambientais, o atual aeroporto de Beja poderia ser um complemento à operação do aeroporto Humberto Delgado, ao invés de Montijo ou Alcochete. Contudo, o ministro defende que “o impacto ambiental de Beja atualmente é muito diferente do que existiria com esta alternativa. Beja não seria um aeroporto competitivo”.

Ainda assim, os defensores de Beja não se deixam ficar. É o caso do presidente da associação dos empresários do Baixo Alentejo, Filipe Pombeiro, que assinalou, no início de março, que “com uma boa ferrovia e uma boa rodovia, numa hora estamos em Lisboa”.

Também a consultora FIRMA defendeu a opção do aeroporto de Beja, através da construção de uma linha de alta velocidade com hub em Beja e ligação direta às principais regiões, como Lisboa (a 40 minutos), Porto (a 80 minutos), Faro e Badajoz (a 20 minutos) e Madrid (a 125 minutos).

Note-se ainda que a Infraestruturas de Portugal vai estudar a ligação do aeroporto de Beja à linha ferroviária do Alentejo.

A variante para o aeroporto de Beja poderá custar 20 ou 26 milhões de euros e permitir uma viagem de comboio até Lisboa em cerca de 1 hora e 30 minutos. A escolha mais barata tem uma extensão de 12,8 quilómetros e serve para as instalações militares e o transporte de mercadorias por via aérea. A opção mais cara está mais vocacionada para passageiros e prolonga-se por perto de 17 quilómetros.

 

Fotografia de observador.pt