14 Maio 2021      10:29

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Ministra garante que 4.720 pessoas já se mudaram para o interior

Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, referiu nesta quinta-feira que 4.720 pessoas já se transferiram para o interior ao abrigo de programas do Governo, dizendo que são todos “bem-vindos”, adianta a agência Lusa.

Respondendo ao deputado e líder do Chega André Ventura, a ministra garantiu que “através do programa Trabalhar Interior conseguimos já captar 350 pessoas e, através do programa Regressar, 4.370 pessoas, ou seja, estamos a falar de 4.720 pessoas”.

Já em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, Ana Abrunhosa assegurou que as estradas inicialmente inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que, afinal não terão financiamento comunitário, “passam a ser financiadas com as receitas do 5G”.

Por outro lado, a governante explicou que os fundos dos programas operacionais regionais financiarão “a conectividade digital dos territórios do interior, de forma a garantir integral cobertura do país com a quinta geração”. “Vamos simultaneamente fazer as estradas que saíram do PRR e não vamos prejudicar a conectividade do interior, financiada com programas operacionais”, disse.

A ministra adiantou ainda que o Governo está a trabalhar “na identificação das zonas brancas” [em termos de conectividade] dos territórios do interior para lançar um concurso público internacional, de forma a cobrir as áreas que os operadores privados não abrangem.

Ainda em resposta à deputada do PSD Cláudia André, que tinha questionado a ministra sobre a falta de atividade da Unidade de Missão para a Valorização do Interior criada no final de 2015, Ana Abrunhosa esclareceu que este organismo “desapareceu, porque foi criado o Ministério” da Coesão Territorial.

Sobre a importância dos serviços públicos no interior, preocupação manifestada pelo PCP, Ana Abrunhosa disse que não podia “estar mais de acordo”. “As sobras do Portugal 2020 serão para saúde, educação e empresas”, assegurou, dizendo que já há 216 equipamentos de saúde financiados através do Ministério da Coesão Territorial, num investimento de 550 milhões, dos quais cerca de 300 milhões são fundos europeus. Entre estes investimentos “que estão no terreno”, detalhou, “a maioria são centros de saúde”, mas também alguns hospitais, como o Hospital Central do Alentejo, de Évora.

 

Fotografia de expresso.pt